Atriz fluminense. É considerada um dos principais nomes do teatro brasileiro. Arlette Pinheiro Esteves da Silva (16/10/1929-) nasce na cidade do Rio de Janeiro. Começa a trabalhar em rádio ainda adolescente, fazendo traduções e adaptações de peças para radionovelas. Escolhe o nome artístico Fernanda por remeter aos personagens dos romances de Balzac ou Proust e o sobrenome Montenegro para homenagear um amigo da família. Aos 16 anos, passa em um concurso para locutora na Rádio Ministério da Educação e Cultura, na qual trabalha também como redatora e radioatriz. Em 1950, estréia no teatro em Alegres Canções nas Montanhas. A montagem é considerada um fracasso, mas lhe rende o namoro com o ator Fernando Torres, com quem se casa três anos depois e tem os filhos Fernanda, também atriz, e Cláudio, cenógrafo e diretor de cinema. Na década de 50, muda-se para São Paulo, onde participa da companhia Maria Della Costa e do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Em 1960, começa a trabalhar na televisão. No decorrer da carreira, faz 11 novelas, entre elas Guerra dos Sexos e Cambalacho, e três minisséries. Um de seus grandes sucessos no cinema é Eles Não Usam Black Tie (1980), ao lado de Gianfrancesco Guarnieri. Chega a ser convidada para o cargo de ministra da Cultura no governo José Sarney, mas prefere manter-se longe da política. Ganhadora de vários prêmios importantes, obtém reconhecimento internacional com o filme Central do Brasil (1998) (1998), de Walter Salles Jr. Pela atuação ganha o Urso de Prata no Festival de Berlim e é indicada para o Globo de Ouro e o Oscar de melhor atriz. Ë atriz de Traição, filme de 1998, que tem um dos episódios dirigido por seu filho Claudio Torres. Volta aos palcos com Ítalo Rossi para encenar Alta Sociedade, peça de Mauro Rasi, em 2001; no mesmo ano, volta à TV e atua como protagonista na novela da Rede Globo, Filhas da Mãe. Em 2002, realiza oficinas de teatro gratuitas pelo Brasil, faz uma participação na novela Esperança e na minissérie Pastores da Noite, ambas da Rede Globo. Em 2003 atua em três longa-metragens, Olga, Redentor e Do Outro Lado da Rua, lançados no ano seguinte. Em 2004, grava Casa de Areia.