FLÁVIO IMPÉRIO
Cenógrafo, arquiteto e artista plástico paulista. Revoluciona o conceito de cenografia no Brasil. Flávio Império (19/12/1935-7/9/1985) nasce em São Paulo. Cursa o colegial científico (atual curso médio) no Colégio Presidente Roosevelt, onde começa a escrever sobre teatro em jornal estudantil. Em 1956 entra para a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e freqüenta o curso de desenho do Museu de Arte Moderna de São Paulo. No ano seguinte começa a trabalhar no Teatro de Arena, ao qual se integra definitivamente em 1959, executando cenografia e figurinos. Estréia como cenógrafo na peça Gente como a Gente (1959), dirigida por Augusto Boal . Adota uma estética inovadora, na qual alia uma rica influência erudita, que viria de sua formação como arquiteto, com elementos populares. Nas entrevistas da época, repete: "Não sou pintor, nem cenógrafo, nem arquiteto; ando na contramão das profissões, sou apenas um curioso". Seu trabalho lhe rende vários prêmios, como o Saci (1962), pela peça Um Bonde Chamado Desejo; o Molière (1978), o qual recebe uma premiação especial; e o Apetesp (1983), pelo figurino do espetáculo Chiquinha Gonzaga. Participa como cenógrafo de peças históricas, como Arena Conta Zumbi (1965) e Roda Vida (1968), Réveillon (1975), e de shows, como Rosa dos Ventos (1971), estrelado por Maria Bethânia. Trabalha com o cineasta Ruy Guerra no filme Os Deuses e Os Mortos (1970) e como artista plástico realiza diversas exposições em São Paulo e no Rio de Janeiro. Faz sua última cenografia na peça O Rei do Riso, de 1985. Morre de Aids no mesmo ano.