JOSÉ CELSO MARTINEZ CORREA

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JOSÉ CELSO MARTINEZ CORREA
Dramaturgo, ator, diretor teatral e cineasta paulista. Uma das figuras mais polêmicas do teatro brasileiro contemporâneo. José Celso Martinez Correa (30/3/1937-) nasce em Araraquara, filho de um diretor de colégio. Funda o grupo de teatro Oficina em 1958, com a peça de sua autoria Vento Forte para um Papagaio Subir, com Carlos Queiroz Telles, Renato Borghi e outros atores. Forma-se em direito e dirige A Vida Impressa em Dólar (C. Odets) em 1961. A partir daí encena Os Pequenos Burgueses (Górki), Andorra (M. Frisch) e O Rei da Vela (Oswald de Andrade). Desse período, sua montagem mais famosa é Roda Viva (Chico Buarque, 1968), que sai de cartaz depois que o teatro é invadido e os atores são agredidos por anticomunistas. Enfrenta problemas com a censura, é preso em 1974 e exila-se em Portugal, onde forma o grupo Oficina Samba. Dirige e protagoniza Galileu Galilei (Brecht), faz o documentário O Parto, sobre a Revolução dos Cravos, produzido pela Rádio Televisão Portuguesa e pelo Oficina, e realiza o filme Vinte e Cinco, sobre a independência de Moçambique. Volta ao Brasil em 1978. Em 1980, escreve Cinemação, junto com o dramaturgo Noílton Nunes. Inicia movimento para manter aberto o Teatro Oficina, que é tombado em 1982 e reinaugurado em (1993) com a peça Ham-Let. Recebe mais de 20 prêmios, como melhor autor por A Incubadeira, em 1958 (Festival de Teatro de Santos); melhor direção no Festival Latino-Americano por Os Pequenos Burgueses e Andorra (1965); Prêmio Shell de melhor direção por Ham - Let (1993); Mambembe de melhor ator em 1998 por Ela (Jean Genet); e Prêmio Shell de melhor autor e diretor por Cacilda! (1999). Atualmente, dirige o grupo de teatro Oficina Uzina Uzona. Em 2002 é homenageado pela Câmara dos Vereadores de São Paulo com o título de Cidadão Paulistano. No mesmo ano, sua trajetória profissional é tema do livro Folha Explica José Celso Martinez Corrêa, escrito por Aimar Labaki. Em 2003 inicia a adaptação para os palcos de Os Sertões, de Euclides da Cunha. Baseado na estrutura do livro, Zé Celso recria-o em quatro espetáculos, A Terra, O Homem - em duas partes- e A Luta, esta última estreando em 2004 na Alemanha.


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