JOSÉ DE ALENCAR: ESCRITOR BRASILEIRO

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Escritor cearense. Um dos principais nomes do romantismo brasileiro na prosa, é considerado o fundador do romance de temática nacional. José Martiniano de Alencar (1º/5/1829 - 12/12/1877) nasce em Mecejana. Cursa direito em São Paulo e em Olinda (PE), entre 1845 e 1850. Ainda estudante publica os primeiros trabalhos na revista Ensaios Literários (1847-1848). Nesse período escreve uma novela histórica, Os Contrabandistas, queimada em uma brincadeira de um companheiro de quarto. Trabalha como advogado e jornalista. Em 1854 escreve crônicas no Correio Mercantil e em 1856 é redator no Diário do Rio de Janeiro. Nesse jornal lança em capítulos os primeiros romancetes – Cinco Minutos (1856) e A Viuvinha (1857). Torna-se famoso com O Guarani, publicado em folhetim também de 1857, obra que expõe as raízes formadoras da nacionalidade e a miscigenação do português com o indígena. Nesse mesmo ano estréia como dramaturgo ao escrever a peça O Rio de Janeiro – Verso e Reverso, encenada no Teatro Ginásio. Ingressa na política em 1861, sendo eleito deputado-geral pelo Ceará por quatro legislaturas. Em Como e Porque Sou Romancista (1874), Alencar diz: "O único homem novo e quase estranho que nasceu em mim e com virilidade foi o político". Casa-se com Georgina Cochrane em 1864, com quem tem um filho. Ocupa a pasta da Justiça no gabinete do visconde de Itaboraí, de 1868 a 1870. Escreve cerca de oito peças de teatro e 20 romances. Entre os históricos estão O Guarani, Iracema (1865), considerado uma alegoria da colonização do Brasil e de toda a América pelos europeus, e A Guerra dos Mascates (1873). Sua obra regionalista inclui O Gaúcho (1870) e O Sertanejo (1875). O principal marco dos romances de temática urbana é Senhora (1875). Além do romance urbano, seus livros se dividem também entre os históricos e indianistas e os regionalistas. Em 1877 viaja para a Europa, a fim de se tratar de tuberculose. Morre vítima da doença no mesmo ano, no Rio de Janeiro.



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