JOSÉ LEITE LOPES - FÍSICO PERNAMBUCANO

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Físico pernambucano. Desenvolve conceitos pioneiros sobre as forças que atuam no interior do núcleo atômico e estima a massa de partículas responsáveis por essas forças. José Leite Lopes (28/10/1918-) nasce no Recife. Estuda química na Escola de Engenharia de Pernambuco e, em 1942, gradua-se em física pela extinta Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro. Faz o doutorado na Universidade Princeton, nos Estados Unidos, sob a orientação de um dos maiores físicos do século, o austríaco Wolfgang Pauli. Na década de 60, participa intensamente da definição da política científica e, por defender a autonomia nacional na produção de ciência e de tecnologia, tem os direitos políticos cassados pelo governo militar, em 1969, com base no Ato Institucional Nº 5 (AI-5). É compulsoriamente aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro e demitido do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), também no Rio de Janeiro, que ajudara a fundar. Passa dez anos no exílio, nos Estados Unidos e na França. Continua sua investigação da energia nuclear no CBPF, no qual é readmitido em 1985. Na década de 1980 são analisadas em laboratório as partículas que identificara nos anos 40, o que confirma sua previsão e lhe traz- reconhecimento. Esse resultado aprimora o conhecimento das forças nucleares, chamadas de forte e fraca. Em particular, mostra que a força fraca está relacionada com a eletricidade e o magnetismo. Isso é de grande importância para a produção de energia nuclear e para o entendimento de como surgiu o Universo. Leite Lopes recebe vários convites para trabalhar no exterior. Aceita, em 1970, a proposta da Universidade de Estrasburgo, na França, onde permanece até 1985. No mesmo ano é convidado para dirigir uma instituição que havia sido fundada por ele em 1949, o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, cargo no qual permanece até 1989. Desde então é professor emérito dessa entidade. Várias vezes premiado no Brasil e no exterior, recebe em 1999 o prêmio científico da Unesco, órgão das Nações Unidas para a ciência e a educação. Em 2003, a Academia Brasileira de Ciências homenageia o físico com a exposição Construção e Desconstrução: O Mundo Cósmico de Leite Lopes.





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