LEILA DINIZ - ATRIZ FLUMINENSE

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Atriz fluminense. Maior símbolo da liberação feminina dos anos 60 e 70 no país, quebra tabus e preconceitos e antecipa tendências de comportamento. Leila Roque Diniz (25/3/1945-14/7/1972) nasce em Niterói, Rio de Janeiro, filha de uma professora de educação física, Ernestina, e de um bancário, Newton Diniz. Ao completar 7 meses de vida, sua mãe é internada num sanatório para tuberculosos e o pai passa a viver com Isaura, uma professora primária. Aos 15 anos, Leila descobre que Isaura não é sua mãe legítima e, dois anos depois, vai viver com o cineasta Domingos de Oliveira, que conhece em uma festa de Natal. Chega a trabalhar como professora primária, até estrear no cinema, na segunda metade dos anos 60, fazendo uma ponta no filme Luba. Consegue papéis secundários em peças, como em O Preço de um Homem (1964), a convite de Cacilda Becker, e no cinema, em O Mundo Alegre de Helô (1965). Nesse ano se separa de Domingos de Oliveira e passa a viver com o cineasta Ruy Guerra. Em 1966 atua nos filmes Mineirinho Vivo ou Morto e ganha notoriedade em Todas as Mulheres do Mundo, fita autobiográfica de Domingos de Oliveira sobre seu casamento. Contracena com o ator Paulo José, aparece nua e esplendidamente bonita, vivendo uma história de amor que se transforma em amizade. O filme conquista o público e recebe sete prêmios no Festival de Brasília. Passa a trabalhar intensamente e em 1968 filma Edu, Coração de Ouro, Fome de Amor, O Homem Nu e A Madona de Cedro. Além dos filmes, faz várias telenovelas, entre as quais O Sheik de Agadir e O Alienista. Atua por quase um ano no show de teatro de revista Tem Banana na Banda. Entre 1970 e 1971, separa-se de Ruy Guerra, grávida. Em 1971, grávida de sete meses, surpreende e encanta o público ao banhar-se com um biquíni comum na praia de Ipanema, um comportamento ousado para a época. Suas fotos, com a barriga exposta e o rosto sorridente, ganham as páginas da imprensa e a transformam em símbolo da liberação feminina. Sua filha, Janaína, nasce em 19/11/1971. No ano seguinte, o talento de Leila é reconhecido ao ganhar o prêmio de melhor atriz do Festival de Adelaide, na Austrália, com o filme Mãos Vazias. Na viagem de volta ao Brasil, seu avião explode a 30 quilômetros de Nova Délhi, na Índia. Morre aos 27 anos, com sete de carreira e 14 filmes.

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