MARC FERREZ

Fotógrafo fluminense. É autor de vasta documentação fotográfica do Brasil do século XIX. Marc Ferrez (7/12/1843-12/1/1923) nasce no Rio de Janeiro, filho dos franceses Alexandrina Chevalier Ferrez e Zeferino Ferrez, escultor e gravador de medalhas. Órfão aos 7 anos, é mandado pelos irmãos mais velhos para estudar em Paris. Regressa ao Brasil em 1858 e começa a trabalhar em uma firma de papelaria e litografia, na qual recebe os primeiros ensinamentos sobre fotografia com o alemão Franz Keller. Aos 21 anos abre o próprio negócio, especializando-se, a partir de então, em retratos de costumes, fazendas e paisagens, atraído pela exuberância da natureza brasileira. Dedica-se também à fotografia de navios mercantes e de guerra, o que lhe rende o título de fotógrafo da Marinha Imperial. Em 16 de agosto de 1873, um incêndio destrói o prédio em que vivia com sua mulher, a francesa Maria Lefebvre. Ferrez perde sua oficina e todas as suas chapas de negativos. Com dinheiro emprestado de um amigo, resolve passar uma temporada em Paris. Volta ao Brasil em 1875, convidado a participar da Comissão Geológica do Império do Brasil, a mais importante expedição científica já organizada no país. É o primeiro a fotografar, em plena selva, os índios Botocudos, próximo à colônia de Leopoldina, no sul da Bahia. Acompanha também os passos inaugurais da cinematografia, criada pelos irmãos Lumière. Em 1905, seu filho Júlio Marc Ferrez obtém, em Paris, a representação no Brasil da firma Pathé Frères, a maior fábrica de filmes da Europa. Dois anos depois abre em sociedade o cinema Pathé na Avenida Central (hoje Avenida Rio Branco), no Rio de Janeiro. Com o falecimento de sua mulher, em 1914, abandona a profissão e retorna à França. Anos mais tarde, volta ao Brasil, onde morre.



CityGlobe

Verox