Millôr Fernandes

Jornalista, escritor, cartunista, tradutor, teatrólogo e humorista fluminense. Fundador do jornal independente O Pasquim e autor de mais de 100 peças teatrais. Milton Fernandes (16/8/1924-) nasce no Rio de Janeiro, no bairro do Meyer. Aos 14 anos, ao ver sua certidão de nascimento, descobre que não se chama Milton como supunha: o escrivão do cartório havia grafado incorretamente seu nome como Millôr. Começa a trabalhar nessa época na revista O Cruzeiro, na qual permanece até 1963. No ano seguinte, lança a revista humorística Pif-Paf. O projeto dá vida própria à seção homônima que assinara por quase dez anos em O Cruzeiro como Emmanuel Vão Gôgo, trocadilho que brinca com o nome do pintor Van Gogh e o do filósofo alemão Emmanuel Kant. A revista, porém, pára de circular no número 8. Em 1969, funda O Pasquim, juntamente com Tarso de Castro e Jaguar, entre outros. O jornal, em formato tablóide (a metade do tamanho dos diários), que mistura humor, cultura e política, é um dos pilares da imprensa contra a ditadura militar e inspira a criação de pequenos jornais em todo o país, conhecidos como imprensa alternativa. No primeiro número de O Pasquim, que chega às bancas em 26/6/1969, Millôr escreve que "se o jornal fosse independente, seria fechado, e que, se não fosse fechado, era porque deixara de ser independente". Entre 1968 e 1982, publica semanalmente uma seção de textos e charges em Veja. Em razão da censura política, Millôr cria uma fórmula de humor nonsense que se torna uma das marcas editoriais da revista. Colabora com várias revistas e jornais, como Isto É, Jornal do Brasil, Correio Braziliense, O Dia, O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo. Atua no teatro como autor (Flávia, Cabeça, Troncos e Membros, 1963 e É, 1977) e como tradutor de obras de Molière e de Shakespeare. No cinema, escreve os roteiros de O Judeu (1986, em parceria com Geraldo Carneiro e Tom Job Azulay), Últimos Diálogos (1995) e Matria (1999, com Geraldo Carneiro). Em 2000, lança seu irreverente site de internet Millôr Online. Em 2002, lança o livro Crítica da Razão Impura ou O Primado da Ignorância, satirizando os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e José Sarney. Lança em 2004 a coletânea Apresentações e volta a colaborar com a revista Veja.




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