Milton Santos

Geógrafo baiano. Autor de mais de 40 obras publicadas no Brasil e exterior, ganhador do Prêmio Internacional de Geografia Vautrin Lud (1994), o maior na sua especialidade. Milton Almeida dos Santos (3/5/1926- 24/06/2001) nasce em Brotas de Macaúbas, filho de professores primários. Alfabetizado pelos pais, começa o ginásio em Salvador em 1937. Com 15 anos, já dá aulas particulares de geografia. Estuda direito, chega a advogar em Ilhéus, mas paralelamente ensina geografia em escolas públicas. Mais tarde, muda-se para Salvador, onde continua lecionando -- agora em universidades --, além de trabalhar como repórter no jornal A Tarde. Em 1950, doutora-se em geografia pela Faculdade de Estrasburgo, na França. Com o golpe militar, em 1964, passa 100 dias preso em Salvador. Libertado, deixa voluntariamente o país e segue para a França. É nomeado professor da Universidade de Bordeaux e ensina na Sorbonne, em Paris. Posteriormente, vai para os Estados Unidos, onde faz pesquisa no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e dá aulas na Universidade de Columbia, em Nova York. Também ensina em Toronto, no Canadá, e presta consultoria sobre questões urbanas aos governos da Argélia e de Guiné-Bissau. Volta ao Brasil em 1977. Em 1984, é aprovado em concurso da Universidade de São Paulo (USP), na qual é hoje professor emérito. É consultor da ONU (Organização das Nações Unidas), da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Em 1994, ganha o prêmio Vautrin Lud, espécie de Nobel da geografia. Morre em São Paulo, em junho de 2001, de câncer. No mesmo ano, a 53ª SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), ocorrida em Salvador, presta homenagens a ele. Em 2002, uma coletânea de seus artigos é publicada com o título de O País Distorcido.



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