Mário Cravo Neto


Artista plástico, escultor e fotógrafo baiano. Um dos mais importantes fotógrafos brasileiros, tem seu trabalho conhecido em todo o mundo. Mario Cravo Neto (20/4/1947-) nasce em Salvador. É criado num ambiente artístico; seu pai, Mario Cravo Filho, é um dos principais nomes da escultura brasileira. Inicia as primeiras experiências como escultor aos 17 anos. Nessa época, viaja para Berlim com o pai e entra em contato com artistas e intelectuais europeus. Retorna ao Brasil em 1965 e, avesso ao universo escolar, finaliza seus estudos secundários apenas para contentar a mãe. Em 1968, muda-se para Nova York para estudar na Art Student League sob a orientação do artista plástico Jack Krueger, um dos precursores da arte conceitual. O período de dois anos em que permanece nos Estados Unidos foi de importância fundamental para delinear sua carreira futura. Passa a dedicar-se mais intensamente à fotografia. São dessa época suas fotos relacionadas aos aspectos da solidão humana na grande metrópole. Ao mesmo tempo, desenvolve esculturas em acrílico em que usa a técnica do "terrarium", plantio e cultivo de plantas vivas em ambientes fechados. Retorna ao Brasil em 1970 e, pela primeira vez, mostra no país, na XI Bienal Internacional de São Paulo, as esculturas vivas realizadas em Nova York. A partir de 1975, passa a produzir publicações e a tomar parte de exposições no Brasil e no exterior. Em 1986, abandona a escultura para dedicar-se exclusivamente à fotografia. Seu trabalho, centrado no homem e na temática social, tem forte inspiração étnica. Os índios e a população negra da Bahia são seus assuntos mais freqüentes, sempre associados a seu ambiente. Ganha prestígio internacional e participa de mostras individuais e coletivas em vários países. Em 1999, expõe com sucesso no Centro de Fotografia da Universidade de Salamanca, na Espanha, e publica pela Áries Editora Salvador, um volume com 180 fotografias coloridas de página inteira e textos de Jorge Amado, Padre Antônio Vieira e Wilson Rocha. O livro Laróyè, lançado no ano seguinte, traz outras 140 imagens em cores, além de textos escritos por Edward Leffingwell e Mario Cravo Júnior. Em 2002, lança The Eternal Now, reunindo 137 fotos em preto-e-branco produzidas entre os anos 1970 até 2000.



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