Andria;
Fórmio;
Hecyra;
O Eunuco;
Adelphi;
Heautontimoroúmenos.
Cômico e dramaturgo latino nascido em Cartago, norte da África, de curta existência, mas cujo estilo tornou-se de grande e duradoura influência no desenvolvimento do teatro ocidental. Levado a Roma como escravo para trabalhar para o senador romano Terêncio Lucano, este impressionou-se com seu talento, proporcionou-lhe esmerada educação, concedeu-lhe a liberdade e o patronímico Terêncio. Protegido por Lucano e pela família Cipião (ou Scipio), alcançou o sucesso logo na sua primeira peça, Andria (166 a. C.). Ao todo escreveu somente seis comédias (166-160 a. C.) com estórias transcorridas em ambientes helenísticos, porém de grande sucesso nos séculos seguintes. Seguindo a influência de autores gregos da comédia nova, em particular os textos de Menandro, encontram-se preservadas na totalidade: Andria (166 a. C., A mulher de Andros), Hecyra (165 a. C., A sogra), Heauton timoroumenos (163 a. C., O castigador de si mesmo), Eunuchus (161 a. C., O eunuco), Phormio (161 a. C., Fórmio) e Adelphi (160 a. C., Os irmãos). A limitação popular de sua obra, que preferia as comédias e sátiras, esteve no fato de que foram escritas em uma linguagem extremamente refinada e dirigidas a um público culto e cujas características consistiam em complicadas tramas sentimentais, cujos equívocos só se resolviam nas últimas cenas. Sua morte, com apenas 27 anos de idade, com causas e em local desconhecido, talvez tenha ocorrido em um naufrágio, enquanto viajava pela Grécia. Após sua morte a dramaturgia romana deteriorou-se rapidamente, perdendo espaço para os espetáculos de gladiadores, por exemplo.