
Era filho do professor da Escola Nacional de Belas Artes Ernesto da Cunha de Araújo e de Teresa de Figueiredo Araújo Viana. Após os estudos de humanidades e de Direito, entrou para o jornalismo. Dedicou-se aos problemas nacionais constitucionais, tornando-se exímio articulista de assuntos econômicos e financeiros. Colaborou nos jornais O século, Cidade do Rio, Imprensa (de Alcindo Guanabara), passando para O Paiz e, finalmente, para o Jornal do Commercio, do qual chegou a ser o redator principal e diretor. Durante a I Guerra Mundial, foi um dos comentadores mais informados dos acontecimentos da guerra. Encetou também colaboração na imprensa como crítico dos "Livros Novos" e redator das "Notas pedagógicas".
Foi bibliotecário da Escola Nacional de Belas Artes, professor da Escola de Altos Estudos e professor de Geografia Industrial e História das Indústrias na Escola Nacional de Artes e Ofícios Venceslau Brás. Foi membro da comissão incumbida de elaborar o Código Aduaneiro. Representou o governo da União no Congresso da Instrução Primária, reunido no Rio de Janeiro em 1921. Fez parte do Conselho Superior de Comércio e Indústria. Serviu em comissão junto ao gabinete do ministro da Fazenda, de 1919 e 1922, e junto ao gabinete do ministro da Agricultura, de 1922 a 1925. Ocupou, a seguir, o cargo de superintendente dos estabelecimentos do Ensino Comercial. Seu nome aparece no Almanaque do Ministério das Relações Exteriores como redator do respectivo Boletim de 1926 a 1929.
Era membro do Conselho Federal de Comércio Exterior e da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro e membro titular da Sociedade Brasileira de Direito Internacional, por proposta de Amaro Cavalcanti, em virtude dos artigos publicados sobre a guerra e a Liga das Nações.
Obras: Formação econômica do Brasil, história (1922); O Banco do Brasil Sua formação, seu engrandecimento, sua missão nacional (1926); Uma constituição do século XX O Código de Weimar e a moderna Alemanha, ensaio (1931); A nova Constituição espanhola Liberalismo, democracia, ensaio (1932); A Constituição inglesa O liberalismo e os partidos políticos, ensaio (1933); A Constituição francesa Os imortais princípios e os partidos políticos, ensaio (1933); A Constituição austríaca A racionalização do poder e a representação de classes, ensaio (1933); A Constituição dos Estados Unidos As lições de uma longa experiência, ensaio (1933); O regime fascista e a democracia A utopia reacionária e as realidades brasileiras, ensaio (1933).