ZENO: ZENÃO DE CITIUM

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Zeno (Zenão) de Citium (333 a.C.-264 a.C. ou 334 a.C.-262 a.C.) nasceu em Citium, ilha de Chipre [não confundi-lo com Zeno (ou Zenão) (de Elea) que viveu entre ~ 490 - ~425 a.C. e que pertenceu à Escola Eleática]. Zeno, também chamado de "O Fenício", chegou a Atenas ainda jovem, em 313 a.C., e ai viveu pelo resto de sua vida, embora sem jamais ter se tornado cidadão ateniense. Ele estudou nas várias escolas filosóficas de Atenas e teve várias profissões. Aos 42 anos de idade, por volta do ano 308 a.C., ele fundou em Atenas a chamada escola Estóica de filosofia. Seus adeptos foram chamados de estóicos.

Zeno ensinava a seus discípulos em vários lugares públicos, em particular na chamada "Stoa Poikile", um lugar público localizado na "Agora" ou mercado de Atenas.

As "Stoas" eram comuns nas cidades e santuários gregos. Elas eram construções abertas na frente com uma fachada de colunas. A "Stoa" fornecia um lugar aberto mas protegido, uma espécie de varanda, onde magistrados, vendedores e outros cidadãos gregos podiam exercer livremente suas profissões. Além disso as "Stoas" frequentemente eram utilizadas como galerias de arte, para funções religiosas e como espaço público. No século V antes de Cristo a "Agora" ateniense tinha 4 ou 5 "stoas".





A "Stoa Poikile" ou "Varanda Pintada" recebeu este nome por causa das pinturas fixadas em suas paredes, que mostravam as grandes vitórias militares dos atenienses, como por exemplo, a batalha de Maratona. Além das pinturas também estavam expostos nas suas paredes troféus de batalha tais como escudos espartanos capturados pelos atenienses em Pylos nos anos 425-424 a.C. Tendo em vista que esses pátios tinham o nome de "stoa", os seguidores de Zeno, que se reuniam neles, receberam o nome de "estóicos".

Nenhum dos trabalhos de Zeno sobreviveu até os dias de hoje. No entanto acredita-se que ele ensinava que podemos alcançar melhor a tranqüilidade por intermédio da indiferença ao prazer e à dor.

O estoicismo é uma doutrina filosófica que propõe viver de acordo com a lei racional da natureza e aconselha a indiferença (apathea) em relação a tudo que é externo ao ser. O homem sábio obedece a lei natural reconhecendo-se como uma peça na grande ordem e propósito do universo.

Os estóicos acreditavam no destino. Para eles tudo estava predestinado. A mente é governada pelo universo. O universo era uma entidade orgânica viva.

Para os estóicos o cosmos estrelado é finito. Para além do cosmos finito se estende o "vazio".

Os estóicos também acreditavam que o cosmos pulsava lentamente em tamanho e que ele periodicamente passava por eventos catastróficos. Este era o chamado "ciclo eterno de eventos" dos estóicos.

Os estóicos mantinham que "Logos" era o "princípio ativo" ou estimulador de toda a realidade. O Logos era concebido como um conduto para o poder divino que, em essência, ordena e dirige o universo. A razão e a alma humanas eram ambas consideradas subordinadas ao Logos e, por por conseguinte imortal tendo em vista a reciclagem contínua do universo.

A visão cosmológica dos estóicos teve grande influência por cerca de 2000 anos. Ela também serviu de fundamento para o universo vitoriano do século 19.

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