YITZHAK RABIN - POLÍTICO DE ISRAEL

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Yitzhak Rabin (יצחק רבין) (1° de março de 1922 – 4 de novembro de 1995) foi um político e general israelense. Ele foi o quinto Primeiro-Ministro de Israel de 1974 até 1977 e novamente de 1992 até o seu assassinato, o que fez dele o primeiro chefe-de-governo israelense nascido em Israel e o segundo a morrer enquanto exercia o cargo.

Cronologia
1922 - Nasce em 1º de março, na cidade de Jerusalém;

1940 - Inicia sua carreira militar. Já formado pela Escola de Agricultura de Kadoorie, entra para o Palmach, na Haganah, a força de combate de elite;

1948-49 - Durante a Guerra de Independência, ele comanda a brigada Harel, que abriu a estrada de apoio a Jerusalém. Mais tarde foi oficial de operações do Palmach, membro da delegação para as conversações de cessar fogo em Rhodess e C.O. na Brigada do Neguev;

1956-59 - Como oficial da força de defesa, serve como Comandante de Operações do Comando do Norte;

1964-68 - É Chefe do Pessoal de Comando;

1967 - O General Rabin é Comandante em Chefe das forças terrestres, aéreas e navais, que lutam e vencem a Guerra dos Seis Dias;

1968 - Aposenta-se da Força de defesa e, logo depois, é indicado como Embaixador nos Estados Unidos;

1973 - Retorna a Israel e torna-se ativo no Partido Trabalhista, sendo eleito membro do Knesset, o Parlamento, em dezembro;

1974 - Em abril, é indicado para ser Ministro do Trabalho;

- Após a renuncia do governo, e após a Guerra de Yom Kipur, Yitzhak Rabin é eleito líder do Partido Trabalhista e Primeiro Ministro. Durante sua gestão, acordos de separação de forças foram assinados com o Egito e a Síria;

1975 - Faz um acordo completo com o Egito;
- É assinado o primeiro memorando de entendimento entre Israel e os Estados Unidos

1976 - O governo de Rabin dá a ordem para a delicada "Operação Jonathan", libertando os passageiros da Air France, sequestrados em Entebbe, Uganda;

1977 - Do mês de maio, quando o líder do Likud, Menachem Begin, torna-se Primeiro Ministro, até a formação do Governo de União Nacional, Rabin é membro de oposição do Knesset pelo Partido Trabalhista, membro do Knesset de Relações Exteriores e do Comitê de Defesa;

1984-1990 - Durante o Governo de União Nacional, Rabin é ministro de Defesa;

- Em janeiro de 1985, defende e depois implementa a retirada das forças israelenses do sul do Líbano, além de estabelecer uma zona de segurança ao longo da fronteira norte de Israel;

1992 - Em fevereiro, Yitzhak Rabin é eleito representante do Partido Trabalhista, liderando o partido à vitória no Knesset nas eleições deste mesmo ano;

- Em julho, torna-se Primeiro Ministro e Ministro da Defesa;

1993 - No mês de setembro, assina com o líder da OLP, Yasser Arafat, o termo conjunto de Declaração de Princípios Israelense - Palestino, em Washington;

1994 - Em maio, assina o acordo de Autonomia Palestina na Faixa de Gaza e em Jericó;

- Em outubro, o acordo de paz entre Israel e Jordânia é assinado pelos Primeiros Ministros dos dois países, em Aravá, na fronteira, na presença do rei Hussein da Jordânia e do Presidente Clinton, dos Estados Unidos; - Em dezembro, Yitzhak Rabin, Shimon Peres e Yasser Arafat recebem o Prêmio Nobel da Paz, por seus esforços pela paz no Oriente Médio;

1995 - No mês de setembro, Rabin assina o acordo de entendimento Israelense-Palestino, expandindo a autonomia Palestina na Cisjordânia e Faixa de Gaza, inclusive permitindo uma autoridade eleita e um Conselho Palestino;

- Em 4 de novembro, é assassinado por Yigal Amir, um estudante judeu ortodoxo que se opunha à retirada de Israel da Cisjordânia, após uma manifestação de massa em Tel Aviv, reunida sob o ideal "Sim à paz, não à violência".

O último discurso de Yitzhak Rabin
Data: 4 de novembro de 1995

Prefeitura de Tel-Aviv, Praça dos Reis de Israel (atualmente, Praça Rabin)

"Permitam-me dizer que estou profundamente emocionado.

"Eu quero agradecer a cada um e a todos vocês, que vieram aqui hoje manifestar-se contra a violência e a favor da paz. Este governo, que eu tenho a honra de dirigir, ao lado de meu amigo Shimon Peres, decidiu dar uma chance à paz - uma paz que resolverá a maioria dos problemas de Israel.

"Eu fui um militar durante 27 anos. Lutei enquanto não havia chances para a paz. Eu acredito que agora existe uma chance para a paz, uma grande chance. Nós precisamos aproveitá-la pelo bem daqueles que aqui estão, e também pelo bem daqueles que não estão aqui - e existem muitos deles.

"Eu sempre acreditei que a maioria das pessoas quer a paz e está pronta para assumir riscos para a paz. Ao virem aqui hoje, vocês demonstram que, juntos àqueles muitos outros que não vieram, as pessoas realmente desejam a paz e se opõem à violência. A violência destrói a base da democracia israelense. A violência deve ser condenada e isolada.

"Este não é o modo do Estado de Israel. Numa democracia pode haver diferenças, mas a decisão final será tomada em eleições democráticas, como as eleições de 1992 que nos deram o mandato para fazermos o que estamos fazendo, e para continuarmos este curso.

"Eu quero dizer que estou orgulhoso do fato de representantes de países com quem estamos vivendo em paz estão presentes conosco aqui, e continuarão a estar aqui: Egito, Jordânia e Marrocos, que abriram a estrada da paz para nós. Eu quero agradecer ao Presidente do Egito, ao Rei da Jordânia e ao Rei do Marrocos, representados hoje aqui, pela sua parceria conosco em nossa marcha a caminho da paz.

"E, mais do que qualquer outra coisa, nos mais de três anos de existência deste governo, o povo de Israel provou que é possível fazer a paz, que a paz abre portas para uma melhor economia e sociedade; que a paz não é somente uma bênção.

"A paz é a primeira de todas em nossas rezas, mas também é a aspiração do povo judeu, uma aspiração genuína pela paz.

"Há inimigos para a paz que estão tentando nos ferir, para bombardear o processo de paz. Eu quero dizer, diretamente, que nós encontramos um parceiro para a paz entre os palestinos também: a OLP, que era um inimigo, e que deixou de se engajar no terrorismo. Sem parceiros para a paz, não pode haver paz.

"Nós demandaremos que eles façam a sua parte para a paz, assim como nós faremos a nossa parte para a paz, com o intuito de resolver o aspecto mais complicado, prolongado e carregado emocionalmente do conflito árabe-israelense: o conflito palestino-israelense. Este é um caminho carregado de dificuldades e dor.

"Para Israel, não há caminho sem dor. Mas o caminho da paz é preferível ao caminho da guerra.

"Eu digo isto a vocês como um militar, alguém que é hoje o Ministro da Defesa e vê a dor da família dos soldados do Tzahal. Por eles, por nossos filhos, no meu caso por nossos netos, eu quero que este governo exauste todas as aberturas, todas as possibilidades, para promover e atingir uma paz completa. Até mesmo com a Síria será possível fazermos a paz.

"Este esforço deve mandar uma mensagem ao povo de Israel, ao povo judeu ao redor do mundo, às muitas pessoas no mundo árabe e, de fato, ao mundo inteiro, de que o povo de Israel quer a paz, apóia a paz.

"Por isso, obrigado."


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