AFONSO DE ALBUQUERQUE - PORTUGUÊS

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Afonso de Albuquerque 
Afonso de Albuquerque nasceu na Quinta do Paraíso, perto de Alhandra, entre 1445 e 1462. Em 1503, já navegador tarimbado, esteve em missão na Índia, de onde voltou com sólidos conhecimentos sobre a região. Em 1506, talvez por isso, D. Manuel I o enviou de novo à Índia, confiando-lhe em segredo uma provisão para substituir o vice-rei que lá se achava no cargo, D. Francisco de Almeida.

Controlar o comércio da Índia e do sudeste asiático, nos primeiros anos do século XVI, foi o ambicioso plano do estadista e conquistador português Afonso de Albuquerque, segundo vice-rei da Índia e maior responsável pela expansão do poder das feitorias lusas nesse país.

Em 1507 e 1508, antecipando a política que seguiria mais tarde em seu vice-reinado, Albuquerque tentou conquistar Ormuz, à entrada do golfo Pérsico, pois conhecia bem seu valor como porta do comércio oriental com o Mediterrâneo. Ao preparar tal conquista, destruiu o poderio das cidades da costa de Oman. Em setembro de 1507 cercou Ormuz, cujo rei consentiu na construção de uma fortaleza e em pagar tributos ao rei de Portugal. Mas alguns de seus capitães se rebelaram e obtiveram o apoio do vice-rei.

Em dezembro de 1508, quando Albuquerque aportou na Índia, D. Francisco de Almeida se negou a lhe transferir seus poderes, embora já soubesse da provisão real e seu mandato estivesse findo. Em 1509 Almeida prendeu Albuquerque na fortaleza de Cananor, de onde só o marechal Fernando Coutinho, chegando à frente de uma armada de 15 naus, o libertou. Os portugueses dirigiram-se então para Cochim e em 4 de novembro, finalmente, Almeida entregou o cargo a seu sucessor.

Em janeiro de 1510, apesar do fracasso de um ataque a Calicut, feito por ordem levada por Coutinho, que nele morreu, Albuquerque deu início a seu plano para controlar todo o comércio da área. Considerando Cochim insuficiente para sede do império com o qual sonhava, lançou-se à conquista de Goa, mas não obteve sucesso. Uma nova expedição chegou a Goa em 20 de novembro, e cinco dias depois a cidade foi conquistada. Tendo tido o cuidado de mandar passar à espada seus habitantes muçulmanos, que lhe opuseram resistência, Albuquerque instalou em Goa a sede da Índia portuguesa. Além de fortificar a cidade, estimulou o casamento de seus homens com mulheres nativas de castas altas. A conquista fez com que os reis de Cambaia, Calicut e Narsinga procurassem estabelecer relações comerciais pacíficas com os portugueses.

Em seguida, Albuquerque conquistou Malaca, para onde se havia desviado o comércio dos muçulmanos e cujo porto abriu um novo e vasto âmbito de influência para os portugueses. No regresso, após sobreviver a um naufrágio, Albuquerque soube em Cochim, em fevereiro de 1512, que Goa estava sitiada por muitas forças inimigas; mas conseguiu romper o cerco, graças a reforços chegados de Portugal.

Em 1513, após um infrutífero assalto a Áden, Albuquerque comandou a primeira esquadra européia a entrar no mar Vermelho, e em 1514 consolidou o domínio português no Oriente. Em fevereiro de 1515, dirigiu-se com uma armada de 27 naus para Ormuz, onde intimou o rei inimigo a pagar-lhe pesada soma, restituir a fortaleza e entregar toda a artilharia existente.

Na viagem de regresso a Goa, Albuquerque, já doente desde Ormuz, foi cientificado por carta que Lopo Soares de Albergaria, um de seus muitos inimigos, já se encontrava na Índia para substituí-lo como vice-rei. Em 16 de dezembro de 1515, já à vista de Goa, Afonso de Albuquerque morreu na nau que o levava.

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