AFONSO ROMANO DE SANTANA - POETA BRASILEIRO

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Afonso Romano de Santana
Afonso Romano de Santana nasceu em Belo Horizonte MG, em 27 de março de 1937. Nas décadas de 1950 e 1960 participou de movimentos da vanguarda poética, dos quais se afastaria mais tarde. Em 1962 diplomou-se em letras e três anos depois publicou Canto e palavra, o primeiro livro de poesia. Em 1969 doutorou-se pela Universidade Federal de Minas Gerais e, no ano seguinte, montou o curso de pós-graduação em literatura brasileira na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

"Mallarmé gastou em vão o seu latim / Não é o livro o nosso fim / E sabe disso quem ama..." Com os versos do poema "O azar de Mallarmé", Afonso Romano de Santana firmou posição contra o formalismo concretista na poesia, com cujos representantes chegou a polemizar asperamente.

Na obra poética de Afonso Romano de Santana destacam-se, inicialmente, Poesia sobre poesia (1975), que trata a oposição entre teoria e poesia; A grande fala do índio guarani (1978), em que questiona o processo de criação; e Que país é este? (1980), em que indaga sobre os rumos da obra poética no Brasil, depois de uma temporada no exterior. Entre os vários livros de ensaios, publicou O canibalismo amoroso (1984), leitura psicanalítica do desejo e do amor no Ocidente que lhe deu o Prêmio Pen-Club; Política e paixão (1984); e Como se faz literatura (1985). Em colaboração com a mulher, Marina Colasanti, publicou em 1987 a antologia O imaginário a dois.

Popular por suas crônicas, enfeixou-as em 1988 na coletânea O homem que conheceu o amor. Em 1990,  assumiu a presidência da Biblioteca Nacional e empenhou-se em bem-sucedidos programas de divulgação da literatura que, no entanto, não lhe tolheram a criatividade. Em parceria com Marina, escreveu o ensaio Agosto 1991: estávamos em Moscou (1991); em poesia, publicou O lado esquerdo do meu peito (1993); e suas crônicas apareceram em Fizemos bem em resistir (1994) e Mistérios gozosos (1994).

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