WILLIAM TOPAZ McGONAGALL - O PIOR POETA DO MUNDO

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Poeta dramatico escocês nascido em Edinburgo, conhecido jocosamente como o pior poeta do mundo da língua inglesa de todos os tempos. Filho de um tecedor de algodão irlandês imigrante, viveu parte da infância em Sul Ronaldsay no Orkneys. Sua família mudou-se para Dundee (1836) cidade onde ele residiu pelo o resto da vida. Trabalhou com o seu pai como operário da indústria têxtil, casou-se com Jean King (1846) e foi ator dramático amador no Dundee Theatre Royal. Começou a escrever poesia aos 47 anos, depois de receber a visita de uma "musa" em seu apartamento em Dundee, conforme relatou em sua autobiografia. Publicou sua primeira coleção de poesias (1878) onde se incluía The Railway Bridge of the Silvery Tay. Ele passou os 25 anos seguintes narrando em versos terríveis fatos, tão diversos quanto batalhas e inaugurações de hotéis. Seus versos eram tão ruins que fizeram dele figura cultuada, e ele pôde ganhar dinheiro de excursões de leitura de público, e de vender suas poesias em forma de broadsheet. Confundiu e divertiu platéias em Londres (1880) e Nova Iorque (1887). Após publicar Poetic Gems (1890), o crítico literário William Power (1873-1951) viu um destes desempenhos, no qual o poeta usava vestido estampado de paisagens e empunhava uma espada de folha larga, para zombarias e risadas da audiência, e o descreveu como o mensageiro do insuperável absurdo, e não suportou ficar até o final da exibição. Seus contemporâneos reagiram aos esforços do poeta inventando uma forma de entretenimento público que ficou conhecida como poet-baiting, ou atormenta-poeta, na qual o artista recitava seus poemas, enquanto o público vaiava. Também foi vítima de muitas brincadeiras: certa vez recebeu uma carta supostamente enviada pelo rei Theebaw da Birmânia, agraciando-o com a ordem do Cavaleiro do Elefante Branco, que ele usou pelo resto da vida. Segundo Mervyn Rolfe, membro da Sociedade de Apreciação de McGonagall, sediada em Dundee, ele era insuperável como pior poeta, não se preocupava em saber quantas palavras havia por verso, desde que as últimas rimassem e, assim, sua métrica era assustadora. Anos após sua morte ganhou reconhecimento póstumo na cidade escocesa de Dundee. Mais de 50 anos depois foram encontrados e publicados vários de seus escritos como More Poetic Gems (1962), no qual encontra-se sua autobiografia, Last Poetic Gems (1968), Further Poetic Gems (1980), Still More Poetic Gems (1980) e Yet More Poetic Gems (1980). Rolfe marcou o centenário de sua morte gravando parte de um de seus poemas, The Railway Bridge of the Silvery Tay, numa calçada à beira do rio Tay. A poesia dele é tão ruim que se torna memorável, disse Nial Scott, diretor da City of Discovery Campaign, organização responsável pelo preito. Dundee reconheceu a necessidade de homenageá-lo por ter sido totalmente dedicado à arte da poesia horrível. E, assim, esse poeta escocês, tão ruim que as pessoas lhe pediam para recitar seus poemas apenas para vê-lo ser escarnecido pela platéia, terá seus versos gravados em pedra na cidade onde trabalhou.

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