Abgar Renault
Abgar de Castro Araújo Renault nasceu em Barbacena MG em 1º de abril de
1901. Formou-se em direito, estudou pedagogia e língua e literatura
inglesas. Eleito deputado estadual em 1927, teve o segundo mandato,
iniciado em 1930, interrompido pela revolução, que suprimiu os órgãos
legislativos. Chefiou a Secretaria do Interior e Justiça de Minas
Gerais. Em 1934 transferiu-se para o Rio de Janeiro RJ, onde lecionou na
Universidade do Brasil e, em 1938, dirigiu o Departamento Nacional de
Educação. Participou do I Congresso Brasileiro de Escritores, em 1945,
que emitiu uma declaração em favor da democracia e das liberdades
públicas, contra a política do Estado Novo. De volta a Minas Gerais,
Renault foi secretário da Educação entre 1948 e 1950. Em 1955 foi
nomeado ministro da Educação e Cultura pelo presidente Nereu Ramos.
No desempenho de funções públicas ou dedicado à pesquisa, Abgar Renault conciliou a carreira de educador com a de político. Redator dos discursos do presidente Costa e Silva, poeta e ensaísta, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1968.
Colaborou com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), exerceu a vice-presidência do Conselho Federal de Educação (CFE) e, em 1967, foi nomeado ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Conhecido como poeta e tradutor de obras poéticas de língua inglesa, publicou Pássaros perdidos (1946), A lápide sob a lua (1968) e Sonetos antigos (1968), além de grande número de ensaios pedagógicos. Em 1990, seus poemas foram reunidos na Obra poética. Abgar Renault morreu no Rio de Janeiro RJ, em 31 de dezembro de 1995.
