
Alfred Döblin nasceu em Stettin, Alemanha, em 10 de agosto de 1878. Formado em medicina, trabalhou como psiquiatra num bairro pobre de Berlim. Por ser judeu, teve de deixar a Alemanha em 1933, com a ascensão do nazismo, e em 1936 tornou-se cidadão francês. Converteu-se ao catolicismo e após a guerra voltou a residir na Alemanha.
Expor o vazio de um sistema de vida que rumava para a própria destruição e buscar vias de salvação para a humanidade sofredora foram duas preocupações constantes de Alfred Döblin, considerado um dos mais talentosos narradores do período expressionista.
Seu primeiro êxito foi o romance Die Drei Sprünge des Wang-Lun (1915; Os três pulos de Wang-lun). Como nunca esteve na Ásia, a China que descreveu é simbólica: representa a procura de uma verdade elementar e o repúdio à civilização ocidental, cuja tecnocracia Döblin satirizou em Berge, Meere und Giganten (1924; Montanhas, mares e gigantes). A obra que mais o projetou foi Berlin Alexanderplatz (1929; A praça de Alexandre em Berlim), romance do proletariado marginal e dos bas-fonds de Berlim. Alfred Döblin morreu em Emmendingen, República Federal da Alemanha, em 28 de junho de 1957.