ANÍBAL - CARTAGINÊS FUNDADOR DO IMPÉRIO DE CARTAGO

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Aníbal
Filho de Amílcar Barca, fundador do império cartaginês na Espanha e comandante da primeira guerra púnica contra os romanos, Aníbal nasceu em Cartago no ano 247 a.C. Aos 26 anos, depois do assassinato do pai e do cunhado Asdrúbal, assumiu o comando do exército. Dedicou-se inicialmente à consolidação do domínio cartaginês na península ibérica e para esse fim fez várias viagens pelo império, no decorrer das quais arregimentou tribos celtas e iberas que viriam a constituir a base de seu exército.

As técnicas de combate inventadas por Aníbal nas batalhas que travou contra os exércitos romanos foram consagradas pela história dos conflitos bélicos. O emprego de armamento pesado móvel e de movimentos envolventes no palco de operações faz parte do legado transmitido por aquele que foi talvez o maior gênio militar da antiguidade.

A segunda guerra púnica começou em 219 a.C., quando os cartagineses cercaram Sagunto, aliada de Roma. Em resposta, os romanos declararam guerra a Cartago. Aníbal reagiu organizando uma expedição à Itália, composta de aproximadamente quarenta mil homens e grande número de elefantes. Após a travessia dos Pireneus e dos Alpes, o cartaginês infligiu aos romanos a primeira derrota em Trébia, no vale do rio Pó, onde incorporou a suas tropas os gauleses cisalpinos. Na batalha de Trasimeno esmagou as forças de Flamínio, estimadas em 15.000 homens, e conquistou o domínio da Itália central. Em Canas obteve outra retumbante vitória contra um contingente romano duas vezes mais numeroso que as tropas cartaginesas.

Durante quatro anos procurou consolidar o domínio cartaginês no sul da Itália e em 212 a.C. ocupou ainda Cápua e Taranto. Sem reforços e abastecimento, foi obrigado a adiar o projeto de tomar Roma e refugiou-se no extremo sul da Itália. Esperou em vão a adesão dos povos itálicos ou a chegada do exército comandado por seu irmão Asdrúbal Barca, dizimado pelos romanos na batalha do rio Metauro, em 217 a.C. O inimigo passou à contra-ofensiva e recuperou progressivamente suas posições.

Durante as campanhas de Aníbal na Itália, o cônsul Públio Cornélio Cipião, o Africano, conquistou todos os territórios espanhóis que estavam sob controle cartaginês. Em 203 a.C. levou a guerra até Cartago, forçando Aníbal a atravessar o oceano para defender sua cidade. Na batalha de Zama, Aníbal foi definitivamente derrotado, mas ainda tentou, durante alguns anos, restaurar Cartago. Em 195 a.C. Roma exigiu sua rendição, e ele procurou refúgio na corte de Antíoco, na Síria. Três anos mais tarde seu protetor foi derrotado pelos romanos e Aníbal asilou-se na Bitínia. Quando Roma, em 183 a.C., pediu sua extradição, preferiu suicidar-se com veneno.

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