Antônio dos Santos Torres nasceu em Diamantina (MG), em 31 de outubro de
1885. Inicialmente sacerdote e poeta místico, abandonou a batina em
decorrência de atritos provocados por artigos que escrevera contra a
catequese dos índios empreendida por padres estrangeiros. Livre da
obediência à hierarquia eclesial, passou a colaborar em publicações de
grande prestígio na época, como os jornais O País, Correio da Manhã,
Gazeta de São Paulo e a revista ABC.
Um dos mais veementes polemistas da imprensa, o escritor e ensaísta Antônio Torres teve como alvos prediletos a colônia portuguesa, o jornalista Paulo Barreto, o poeta Hermes Fontes, Antônio Austregésilo, Ataulfo de Paiva e Félix Pacheco.
Publicou os livros Verdades indiscretas (1920), Pasquinadas cariocas (1921) e Prós e contras (1922). Embora não tenha participado do movimento modernista de 1922, seus escritos contribuíram para desmoralizar os parnasianos e passadistas. Em 1925 publicou As razões da inconfidência. Nomeado cônsul do Brasil em Londres, Antônio Torres foi mais tarde transferido para a cidade alemã de Hamburgo, onde morreu em 16 de julho de 1934.