CAZUZA: AGENOR DE MIRANDA ARAÚJO NETO

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CAZUZA
Cantor e compositor fluminense. Um dos principais ídolos da geração do rock dos anos 80, considerado um poeta da canção. Agenor de Miranda Araújo Neto (4/4/1958 - 7/7/1990) nasce no Rio de Janeiro e é criado em Ipanema. Ganha o apelido de Cazuza, que significa moleque no Nordeste, ainda antes de nascer. O pai, João Araújo, é de origem pernambucana e usa o nome como brincadeira ao comentar a gravidez. Cazuza estuda no Colégio Santo Inácio, de padres jesuítas – de onde é expulso em 1972 –, e no Anglo-Americano. Atua como cantor pela primeira vez na peça Pára-Quedas do Coração, montagem de conclusão do curso de teatro que apresenta com Perfeito Fortuna, do grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone. Torna-se vocalista da banda Barão Vermelho no ano seguinte e chega ao sucesso em 1983, com a música Bete Balanço, da trilha do filme homônimo dirigido por Lael Rodrigues e estrelado por Débora Bloch. Suas composições começam a chamar a atenção pela qualidade das letras, que mesclam poesia e crítica social e refletem os conflitos e valores de uma geração pós-Guerra Fria. Em 1984 lança seu último sucesso com o Barão Vermelho, Maior Abandonado, e começa a carreira-solo no ano seguinte. Em 1985, apesar de ter tido resultado negativo no exame de HIV, apresenta a primeira infecção oportunista em decorrência da Aids. Em 1987 confirma ser soropositivo e passa dois meses hospitalizado em Boston, nos Estados Unidos, submetendo-se a tratamento com AZT. Em 1988 grava Ideologia e recebe o Prêmio Sharp de Música. Em 1989 admite publicamente a doença e lança seu último trabalho, o álbum duplo Burguesia. Morre aos 32 anos, no Rio de Janeiro.



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