Líder revolucionária chinesa (1914-14/5/1991). Terceira mulher do comunista Mao Tsé-tung, uma das principais dirigentes da Revolução Cultural chinesa e organizadora da Guarda Vermelha, grupo paramilitar da juventude maoísta. Antiga atriz, trabalha como instrutora de teatro na Academia de Arte Lu Hsün, quando encontra Mao pela primeira vez. A união do casal é criticada por membros do partido, que só consentem no casamento desde que Chiang se mantenha afastada da política pelos 30 anos seguintes. Casam-se em 1939. Depois do estabelecimento da República Popular da China, em 1949, participa de comitês culturais. Em 1963 torna-se mais ativa politicamente e funde as formas tradicionais de arte chinesa com temas proletários, numa reforma que termina com a Revolução Cultural, imposta a todo o país a partir de 1966. Uma das poucas pessoas da confiança de Mao, adquire enormes poderes. Após a morte do marido, tenta assumir o governo, em 1976, para o que conta com a ajuda de três membros radicais do comitê central do Partido Comunista, Zhang Chunqiao, Wang Hongwen e Yao Wenyan. O plano fracassa e a Gangue dos Quatro, como o grupo passa a ser chamado, é afastada, presa e processada. Em 1981, Ching é condenada à morte, acusada de mandar matar milhares de oposicionistas. Em 1983, a pena é comutada para prisão perpétua. Sua morte na prisão é oficialmente noticiada como suicídio.