Religioso mineiro. O mais importante médium psicográfico do Brasil, conhecido por dar assistência a pessoas carentes. Francisco Cândido Xavier (2/4/1910- 0/6/2002) nasce em Pedro Leopoldo, filho de um operário e de uma lavadeira. Órfão de mãe aos 5 anos, é entregue pelo pai a uma madrinha, que se encarrega de criá-lo. De origem humilde, aos 9 anos começa a trabalhar em uma fábrica de tecidos para ajudar no sustento da família. Segundo relata, é acometido por visões de espíritos, especialmente de sua mãe, que o tranqüiliza nas horas mais difíceis de sua vida. Recorda-se de que, desde julho de 1927, recebe as primeiras páginas psicografadas em uma reunião do Centro Espírita Luiz Gonzaga, sediado na casa de um de seus irmãos. O espírito conselheiro, Emmanuel, é recebido pela primeira vez em 1931 e passa a guiar a realização de suas obras mediúnicas. No ano seguinte, publica seu primeiro livro, Parnaso de Além-Túmulo, uma coletânea de poesias de "autores brasileiros e portugueses desencarnados". Por psicografar textos de Humberto de Campos, morto em 1934, Chico chega a ser processado pela família do escritor maranhense, mas a justiça dá ganho de causa ao médium. Em 1935, torna-se funcionário do Ministério da Agicultura. A partir da década de 1940, começa a padecer de doenças que debilitam cada vez sua saúde. Em 1959, muda-se para Uberaba, obedecendo à orientação de seus benfeitores espirituais Sua casa se torna centro de peregrinação para pessoas de todo o Brasil – incluindo artistas e políticos –, que vão em busca de orientação espiritual ou notícias de parentes desencarnados. Suas obras psicografadas – 412 livros ao todo – se espalham pelo mundo, traduzidas para o inglês, o francês, o castelhano e o japonês, entre outras línguas. Todos os direitos autorais de seus livros são cedidos a editoras espíritas e entidades beneficentes. Em 1981 é indicado para o Prêmio Nobel da Paz. Aos 90 anos, enfrentando algumas doenças, como a cegueira do olho esquerdo e a paralisia das pernas, ainda recebe em sua casa fiéis de todas as partes do Brasil. Em 2001, é internado com pneumonia dupla. Em 2002, no dia em que o Brasil se sagrou pentacampeão mundial de futebol, Chico Xavier falece durante o sono.