Pintor, desenhista e escultor fluminense. Um dos mais conceituados nomes da arte contemporânea brasileira no exterior. Cildo Campos Meireles (9/2/1948-) nasce no Rio de Janeiro. Passa a infância em Goiânia, Belém e Brasília, onde, aos 15 anos, começa a desenhar. De volta ao Rio de Janeiro, em 1967, entra para a Escola de Belas-Artes. Aos poucos, seu trabalho se distancia do expressionismo inicial e adere ao construtivismo. Torna-se professor e diretor da Unidade Experimental do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio em 1969. Seu trabalho tem forte caráter social e contestador. Ativista de movimentos contra a ditadura, tem obras vetadas pelo governo militar. Em 1970, aos 22 anos, faz sua estréia internacional com Inserções no Circuito Ideológico, apresentada no Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova York , numa exposição histórica que lança a chamada arte conceitual. Em Inserções, grava opiniões em garrafas de Coca-Cola e devolve-as à circulação para que outras pessoas façam o mesmo. Na polêmica performance Tiradentes: Totem-Monumento ao Preso Político, também de 1970, realiza um ritual em que queima dez galinhas vivas em Belo Horizonte. "Todos os trabalhos que fiz foram uma maneira de me expressar politicamente", declara. Vive em Nova York entre 1971 e 1973. É homenageado nos mais importantes eventos e centros de arte do exterior, como a Bienal de Veneza (1976), a Documenta de Kassel (Alemanha, 1992), o Museu Georges Pompidou (Paris, 1989) e o MoMA (1990 e 1993). Ao final de 1999, é o primeiro artista a realizar uma mostra individual no New Museum of Contemporary Art de Nova York. Em 2002, marca presença na Documenta de Kassel com uma instalação de carrinhos de sorvete – o objetivo é chamar a atenção para a escassez de água no planeta. Em 2003, Meireles é um destaques da Bienal de Veneza.