DAVI YANOMAMI

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DAVI YANOMAMI
Líder indígena ianomâmi. Conhecido por sua luta a favor da preservação do meio ambiente e da demarcação das terras ianomâmi. Davi Kopenawa Ianomâmi (1956-) nasce na área do rio Toototobi, em Roraima. Recebe o nome de Kopenawa, vespa na sua língua nativa, por ser um homem bravo. O prenome bíblico Davi lhe é dado, anos mais tarde, por um missionário que trabalha entre os ianomâmi e o ensina a falar o português e a escrever também em português. Na infância, perde quase todos os familiares em razão de sucessivas epidemias e invasões de terras por garimpeiros. A chacina de seu povo desperta sua desconfiança em relação aos homens brancos. Na década de 80 casa-se com a filha do chefe de sua aldeia, um respeitado líder espiritual que o inicia como xaperi, pajé que encarna os espíritos curadores. Em 1985 é convidado pela Fundação Nacional do Índio (Funai) para trabalhar como intérprete, função que exerce por dez anos. Desempenha papel importante nos primeiros contatos entre as equipes médicas e os ianomâmi. Com o assassinato de quatro índios da tribo, em 1987, sua luta pela preservação de seu povo e pela expulsão dos garimpeiros adquire projeção nacional e internacional. Em 1988 ganha o Prêmio Global 500, da Organização das Nações Unidas (ONU). No ano seguinte recebe na Suécia o Right Livelihood, considerado o Prêmio Nobel alternativo. Em 1991, os ianomâmi conseguem a demarcação de uma região com cerca de 9,4 milhões de hectares, onde vive uma população estimada de 10 mil índios. Em 1992 participa da ECO-92, no Rio de Janeiro, e representa os índios da Amazônia na ONU durante as comemorações do Ano Internacional dos Povos Indígenas. Na Europa, em 1996, divulga as dificuldades de sobrevivência dos ianomâmi e tenta arrecadar fundos para a implantação de projetos de combate à destruição de seu povo. Em 1999 é condecorado com a Ordem do Rio Branco, uma das mais importantes comendas nacionais.



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