DELMIRO GOUVEIA

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Industrial cearense. Pioneiro da industrialização do Nordeste brasileiro. Delmiro Augusto da Cruz Gouveia (5/6/1863-10/10/1917) nasce na fazenda Boa Vista, no município de Ipu. Aos 4 anos perde o pai, Delmiro Porfírio de Farias, que morre em luta na Guerra do Paraguai. Ainda criança se muda com a família para Goiana e depois para o Recife, em Pernambuco. Sem instrução nem dinheiro, começa a trabalhar aos 15 anos como bilheteiro na estação de trem de Olinda. Aos 18, emprega-se na alfândega e depois trabalha no comércio de couro. Em 1891, em sociedade com o amigo José Clemente Levy, funda sua primeira empresa, a Levy & Delmiro, especializada na comercialização de peles. Aos 35 anos já era considerado o rei dos couros do Nordeste. Em 1899 constrói o mercado Derby, primeiro estabelecimento comercial do Recife a ter energia elétrica. O mercado é incendiado um ano depois e Delmiro abre falência. Aos 39 anos e separado da primeira esposa, é acusado de seduzir uma afilhada do governador, de 16, e foge com ela para Água Branca, no sertão alagoano, onde reconstrói seu império. Em 1903 transfere-se para a Vila da Pedra (desde 1952 rebatizada Delmiro Gouveia) e decide construir a usina Hidrelétrica de Angi-quinhos, na Cachoeira de Paulo Afonso. Em 1914 inaugura a Companhia Agro Fabril Mercantil, desafiando o monopólio do setor de linhas de costura, em poder dos ingleses da Machine Cotton (Linhas Corrente). Morre assassinado com três tiros à queima-roupa. Após 12 anos de sua morte, seus herdeiros aceitam a proposta de compra da Machine Cotton.


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