Jackson do Pandero | Cantor Paraibano
Cantor, instrumentista e compositor paraibano. É um dos principais responsáveis pela difusão dos ritmos nordestinos no país. José Gomes Filho (31/8/1919-10/7/1982) nasce em Alagoa Grande, onde, aos 7 anos de idade, começa a se apresentar tocando zabumba no grupo de sua mãe, cantadora de coco.
Aos 13 anos, com a morte do pai, muda-se com a família para Campina Grande. Precisa ajudar em casa e durante quatro anos trabalha como engraxate e entregador de pão, até conseguir emprego como baterista num cabaré. Adota o pseudônimo de Jack do Pandeiro, inspirado em Jack Pery, famoso ator de faroeste da década de 30, de quem é fã. No início dos anos 40, muda-se para João Pessoa e continua atuando em cabarés, mas também na Rádio Tabajara. Transfere-se para o Recife em 1948, onde trabalha na Rádio Jornal do Comércio.
Já conhecido como Jackson do Pandeiro, grava seu primeiro disco em 1953 com as músicas Sebastiana e Forró do Limoeiro, que fazem grande sucesso local. Conhece Almira Castilho, ex-professora, radioatriz, cantora e dançarina, com quem se muda para o Rio de Janeiro. Casam-se em 1956 e formam uma dupla, que atua em shows e protagoniza vários filmes. No Rio, trabalha nas rádios Tupi e Nacional. Investe em sua maneira peculiar de dividir o ritmo e se firma cantando gêneros como coco, embolada e rojão, acompanhado basicamente de instrumentos de percussão. Alcança grande sucesso com músicas como Cantiga do Sapo, Chiclete com Banana, Um a Um e Canto da Ema. Transfere-se para a Rádio Globo e, terminado seu casamento com Almira, em 1967, forma nova dupla com a segunda esposa, Neuza. Atua também na televisão e no cinema. Ainda nos anos 50, entra num período de ostracismo que só termina no fim da década seguinte, com o movimento tropicalista, quando seus sucessos são regravados por artistas como Gilberto Gil e Caetano Veloso. A partir de então, sobrevive com pequenas apresentações. Morre em Brasília, vítima de embolia pulmonar decorrente de diabetes.
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