Otto Gottlieb | Cientista Brasileiro
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Chega ao país em 1939 e, aos 21 anos, opta pela nacionalidade brasileira. Forma-se em química industrial pela Universidade do Brasil, instituição que origina a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1945. Trabalha por dez anos na indústria química do pai, que fabrica óleos essenciais da flora brasileira para a indústria de perfumaria, antes de retomar a carreira acadêmica, já com 35 anos. Concorre a uma bolsa de estudos do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas (CNPq) e, ao ganhar, inicia uma investigação sobre o isolamento de substâncias químicas de plantas e a determinação de sua estrutura.
Mapeia centenas de espécies e estabelece índices para o comportamento delas, o que possibilita a medição da biodiversidade de ecossistemas. Seus estudos também resultam na descoberta de substâncias como as neolignanas, de efeito antiinflamatório. Em 1963, chefia a criação e a instalação do laboratório de fitoquímica da Universidade de Brasília (UnB), transferindo-se para a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 1967, começa a lecionar na Universidade de São Paulo (USP), onde se aposenta em 1990. Gottlieb apresenta o modelo que levaria a diversas descobertas sobre as neolignanas em um congresso internacional realizado em Hamburgo, na Alemanha, em 1976, e é muito bem recebido pela comunidade científica, que interessa-se com a possibilidade de unir a química à biologia na classificação dos vegetais. Mora no Rio de Janeiro, trabalha no Instituto Osvaldo Cruz e é professor visitante da Universidade Federal Fluminense.
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