Produtor e diretor de cinema fluminense. Fundador do primeiro grande estúdio brasileiro, a Cinédia. Adhemar de Almeida Gonzaga (26/8/1901-29/1/1978) nasce no Rio de Janeiro. A partir dos 6 anos, deperta tal interesse por cinema que seus pais chegam a interná-lo no Colégio Pio-Americano. Superada a oposição da família, em 1920 estréia como ator no curta-metragem publicitário Convém Martelar? e, em 1922, passa a escrever no Rio-Jornal. Em 1926 lança a revista Cinearte, publicação que chega a ter a maior circulação na América Latina de sua época. Dois anos depois dirige Barro Humano, grande sucesso de bilheteria. Viaja então para Hollywood e conhece produtores e artistas. Funda, em 1930, a Cinédia, no bairro carioca de São Cristóvão, estúdio que lança atores como Carmem Miranda, Marlene, Paulo Gracindo, Grande Otelo e Dalva de Oliveira. Em 46 anos, o estúdio produz cerca de 50 filmes, como A Voz do Carnaval (1936), precursor da chanchada, Boquinha de Seda (1936), Berlim na Batucada (1944), Pif-Paf (1945), O Ébrio (1946), Pinguinho de Gente (1949) e Salário Mínimo (1970). Em 1941 enfrenta as primeiras dificuldades financeiras por causa da escassez de matérias-primas, provocada pela II Guerra Mundial. Outra grave crise, em 1951, interrompe a produção do estúdio. Escreve uma série de críticas e crônicas e os livros A História do Cinema Brasileiro e Setenta Anos de Cinema Brasileiro. A Cinédia volta a funcionar em 1956, no bairro de Jacarepaguá, e, na década de 70, passa a ser alugado para novelas da Rede Globo e filmes publicitários. Gonzaga morre de parada cardíaca, no Rio de Janeiro.