Escritor, ensaísta e professor universitário fluminense. É o mais importante crítico literário brasileiro. Antonio Candido de Melo e Sousa (24/7/1918-) nasce no Rio de Janeiro, mas vive desde a infância em Minas Gerais, estado de origem de sua família. Em 1937 inicia os cursos de direito e de ciências sociais na Universidade de São Paulo (USP). Abandona o primeiro logo depois e forma-se em ciências sociais em 1941. Torna-se livre-docente de literatura brasileira em 1945 e doutor em ciências em 1954. Em 1974, passa a professor titular de teoria literária e literatura comparada da USP, cargo em que se aposentaria em 1978. De 1964 a 1966, é professor associado da Universidade de Paris e, em 1968, professor visitante da Universidade de Yale (EUA). Nos anos 40, funda a revista literária Clima, em que exerce o cargo de redator-chefe. Entre 1956 e 1960, escreve no Suplemento Literário do jornal O Estado de S. Paulo, que foi organizado por ele. De suas obras de crítica literária, a mais importante é Formação da Literatura Brasileira (Momentos Decisivos), de 1959. Em Os Parceiros do Rio Bonito (1964), faz um estudo sobre o caipira paulista e sua transformação.O livro é considerado um clássico em ensaio sociológico e inspira trabalhos artísticos como a peça Na Carreira do Divino, de Carlos Alberto Soffredini, e Marvada Carne, de André Klotzel. É o quarto escritor brasileiro a receber o Prêmio Camões, em julho de 1998. Em 1999, o Memorial da América Latina expõe toda sua obra e a edição original do livro Formação da Literatura Brasileira, na data de aniversário da publicação, além de fotos e textos de outros autores sobre Antonio Candido. É professor emérito da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP), da Faculdade de Ciências e Letras de Assis, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e é, também, professor doutor honoris causa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em 2001, publica a biografia de seu avô Antonio Nicolau Tolentino, Um funcionário da Monarquia - Estudo Sobre o Segundo Escalão.