ANTÔNIO CONSELHEIRO

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ANTÔNIO CONSELHEIRO, MORTO APÓS BATALHA FINAL EM CANUDOS
Líder popular e religioso cearense. Pregador messiânico e anti-republicano, liderou em Canudos um dos maiores movimentos populares do século XIX no país. Antônio Vicente Mendes Maciel (1828 - 1897) nasce em Quixeramobim e, na juventude, divide-se entre o trabalho no armazém da família e o cartório, onde se prepara para a carreira de advogado. Mas a fuga da mulher com outro homem muda sua vida. Entre 1850 e 1870 percorre o sertão trabalhando na reconstrução de igrejas e cemitérios, ouvindo pessoas e pregando o Evangelho. Entra em choque com as autoridades de Bom Conselho (PE), em razão da cobrança de impostos municipais, e passa a destruir os editais que a anunciam. Critica a República, atribuindo ao novo regime a piora de vida dos pobres. Proibido pela Igreja e perseguido pela polícia, embrenha-se no sertão nordestino. Milhares de sertanejos o seguem até o norte da Bahia, onde se fixa primeiro no Arraial do Bom Jesus, em 1874, e a seguir no Arraial do Belo Monte, em Canudos. Com quase 30 mil habitantes, a comunidade prospera e começa a inquietar os fazendeiros e a Igreja. Conselheiro morre de causas naturais poucos dias antes de Canudos ser destruído por cerca de 6 mil soldados do Exército. A destruição é narrada no livro Os Sertões, de Euclides da Cunha, considerado um clássico da literatura nacional.


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