Iracema (1909);
Restinga em Março (1933).
Antonio Diogo da Silva Parreiras nasceu em São Domingos de Niterói, em 21 de janeiro de 1864. Em 1882, se matriculou na Academia Imperial de Belas Artes (AIBA) na aula de Georg Grimm, do qual se tornou discípulo - quando Grimm saiu da AIBA, Parreiras o acompanhou. Foi também cenógrafo, trabalhando com Frederico de Barros. Em 1886, sua exposição individual na Casa De Wilde sofreu críticas por parte de Gonzaga Duque, mas, ainda assim, obteve considerável sucesso. Parreiras embarcou em 1888 para Europa, passando por Lisboa, Madri, Paris, Roma, Florença e Nápoles e finalmente instalando um ateliê em Veneza, onde freqüentou a Academia de Belas Artes local. Retornou ao Brasil em 1889, participando da Exposição Geral de Belas Artes de 1890, a primeira da República recém-proclamada, obtendo pequena medalha de ouro e prêmios de aquisição. Nesse mesmo ano foi contratado para reger a cadeira de Pintura de Paisagem na Escola Nacional de Belas Artes, mas permaneceu por pouco tempo na cátedra, logo depois extinta. Obteve ainda premiações na Exposição Geral de 1917 (medalha de ouro) e na Exposição Universal de Barcelona, em 1929. Além de pintor de paisagens, gênero pelo qual é hoje mais lembrado, Antônio Parreiras foi um prolífico realizador de composições históricas e um celebrado pintor de nus. Em 1941, a sua antiga residência em Niterói foi transformada no Museu Antônio Parreiras.