Poeta paraibano. Representante do parnasianismo e do simbolismo, é um autor original que utiliza termos científicos para expressar um profundo pessimismo. Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos (20/4/1884-12/11/1914) nasce no Engenho Pau d’Arco. Aprende com o pai, advogado, as primeiras letras. Faz o curso secundário no Liceu Paraibano e desde essa época é considerado doentio e nervoso. Forma-se em direito em 1906, casando-se logo em seguida. Sem nunca seguir carreira de advogado, prefere lecionar português, primeiro na Paraíba, depois no Rio de Janeiro, para onde se muda em 1910. Dois anos depois publica seu único livro, Eu. Surgida antes da virada modernista de 1922, a obra representa o espírito literário da época. Tratando da degenerescência da carne e dos limites dos seres humanos, o livro é no princípio ignorado por público e crítica. É reeditado posteriormente apenas pelo empenho de Órris Soares, amigo e biógrafo do poeta. A partir de 1919, Augusto dos Anjos torna-se um dos autores mais lidos no país, chamando a atenção pelo esdrúxulo vocabulário, pela rigidez da métrica, pela cadência musical e pelas aliterações dos versos. Morre de pneumonia, aos 30 anos, em Leopoldina, Minas Gerais.