Cineasta e roteirista norte-americano de origem austríaca (22/7/1906- 29/03/02), ganhador de seis Oscar em 60 anos de carreira. Filho de um hoteleiro, Samuel Wilder nasce em Sucha, região que posteriormente seria anexada pela Polônia. Estuda direito na Universidade de Viena, mas começa a trabalhar como jornalista e crítico de arte. A partir de 1929, torna-se roteirista na Alemanha, de onde é forçado a fugir em 1933 por ser judeu. Muda-se para Los Angeles, nos Estados Unidos, e ali trabalha como roteirista para diretores importantes, entre eles Ernst Lubitsch e Howard Hawks. Estréia na direção em 1942, com a comédia A Incrível Suzana. Incursiona pelo filme noir com Pacto de Sangue (1944). Em 1945, ganha o Oscar de melhor direção por Farrapo Humano, o drama de um alcoólatra. Seu segundo Oscar vem em 1960, com a comédia Se Meu Apartamento Falasse. Seus trabalhos caracterizam-se pelo humor cínico e pela mordacidade, presentes em clássicos como Crepúsculo dos Deuses (1950), com Gloria Swanson, em que critica o star system hollywoodiano ao retratar uma ex-musa decadente, e A Montanha dos Sete Abutres (1951), com Kirk Douglas, sobre um jornalista inescrupuloso que finge ajudar a vítima de um desabamento a fim de obter uma grande reportagem. Outros sucessos de público e de crítica são Sabrina (1954), refilmado em 1995 por Sidney Pollack, O Pecado Mora ao Lado (1955), com Marilyn Monroe, e Testemunha de Acusação (1958), com Marlene Dietrich. Afasta-se do cinema em 1981, ano em que realiza seu último filme, Amigos, Amigos, Negócios à Parte. Durante as décadas de 1980 e 1990, coleciona prêmios americanos. Ganha a Medalha Nacional de Honra do Presidente Bill Clinton por sua contribuição ao cinema mundial. Sofre várias doenças, incluindo catarata. Em 2000, é nomeado cidadão de honra e Viena e recebe a medalha de ouro da Faculdade de Música e Arte dramática de Viena, onde passou parte de sua infância. Aos 95 anos, falece de pneumonia em sua casa em Los Angeles (EUA).