Bandeirante paulista. Participa das expedições em busca de minérios, que dão origem ao ciclo do ouro e do diamante, no Brasil do século XVII. Manuel de Borba Gato (1628?-1718) nasce em São Paulo e, na juventude, dedica-se à caça de índios para escravização. Em 1674 junta-se à mais importante expedição de Fernão Dias Pais Leme, seu sogro, conhecido como caçador de esmeraldas. A bandeira, que parte em busca de ouro e pedras preciosas, segue pelo vale do rio Paraíba, em São Paulo, até Taubaté. De lá segue para o norte de Minas Gerais, explorando os sertões mineiros até o vale do Jequitinhonha. Em 1682 é responsabilizado pelo assassinato do administrador-geral das minas, Rodrigo de Castel Blanco. Decide tonar-se um foragido da lei, embrenha-se no sertão, onde continua a busca de minérios. Encontra ouro na região de Sabará e nos vales dos rios Sapucaí e Grande, em 1695. A descoberta impulsiona a mineração em Minas Gerais, em Mato Grosso, na Bahia e em Goiás e dá origem ao período de 40 anos conhecido como ciclo do ouro. Como recompensa pelas descobertas, Borba Gato obtém o perdão real em 1700 e é nomeado guarda-mor do distrito de Rio das Velhas. No ano seguinte recebe terras entre os rios Paraopeba e das Velhas, e funda o arraial de Sabará. É nomeado superintendente das minas em 1702, cargo que ocupa por várias vezes. Morre em Sabará.