Futebol I (1966);
Woman (1997).
José Roberto Aguilar nasceu em São Paulo em 1941. Em 1958 já participava da vida cultural brasileira através do movimento Kaos, manifestação vanguardista que incluía sessões de poesia, literatura e performance. Em 1961, realiza sua primeira exposição. Em 1963, é selecionado para a Bienal Internacional de São Paulo. Em 1965 junto com artistas nacionais e internacionais, participa da famosa mostra OPINIÃO-65, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Em 1967, recebe o Prêmio Itamarati na Bienal de São Paulo, onde volta a expor em 1969.
Durante a agitada década de 60, centraliza sua ação no atelier que possuía na Rua Frei Caneca, freqüentado por grande parte dos responsáveis pela renovação política e cultural por que passava a vida brasileira. Na virada dos anos 70, é um dos criadores que se vê obrigado a viver no exterior. Morou em Londres, realizou exposições em Birmingham. Retorna ao Brasil em 1973, faz exposições no Rio e em São Paulo.
Entre 1974 e 1975, vive em Nova York, EUA, onde começa a rel9zar um trabalho pioneiro em videoarte. Convidado para a Bienal de São Paulo em 1977, realiza a peça performática "Circo Antropofágico", com 12 monitores de vídeo no palco. Recebe o Prêmio Governador do Estado. Em 1978, participa de videoperformances no Beauburg, em Paris, e no Festival de Vídeoarte de Tóquio. Em 1979 expõe novamente na Bienal de São Paulo.
Na década de 80, Aguilar desenvolveu grande atividade como pintor, com constantes exposições. É um dos artistas brasileiros com maior participação em mostras no exterior, sobretudo nos EUA e na Alemanha. Paralelamente a isto, reforça sua imagem de multimídia com inúmeras performances: criação e apresentação da Banda Performática; realização de montagens e espetáculos em praças públicas, com o espetacular megaevento em homenagem a Revolução Francesa, em 1989, onde colocou 300 artistas em cena, em frente ao Estádio Municipal do Pacaembu. Compõe músicas, grava discos, escreve e edita livros. Desenvolve suas ligações com a religiosidade e a capacidade humana de transcendência. Em seu trabalho são constantes as demonstrações de não ter medo de experimentar.
Nos anos 90, deu continuidade às suas múltiplas atividades. Realizou megaexposições com quadros de grandes dimensões, no MASP, em 1991, e no MAM/SP em 1996, além de exposições no exterior. Participa da homenagem a Bardi, no Memorial da América Latina e da coleção metrópoles na Pinacoteca do Estado de São Paulo em 2001/ 2002. Com o diretor da Casa das Rosas, dinamizou este espaço cultural com exposições sobre a cultura brasileira. Com mais de 30 anos de presença no panorama cultural, consolidou uma posição ímpar que se caracteriza pela diversidade e coerência. Como escritor, tem quatro livros: A divina Comédia Brasileira (1981), A Canção de Blue Brother (1983), A Revolução Francesa de Aguilar (1989) e Hercules (1994).