Nascimento/Morte
1926 - Uberlândia MG
1988 - São Paulo SP
1948 - São Paulo SP - Forma-se em química
Cronologia
Pintor, gravador, desenhista, cenógrafo, figurinista, programador visual e artista gráfico
1926/1941 - Uberlândia MG - Vive nessa cidade
1941/1988 - São Paulo SP - Vive nessa cidade
1944/1955 - São Paulo SP - Trabalha como desenhista técnico
1948 - Realiza as primeiras pinturas
1950 - Realiza os primeiros desenhos ligados à abstração geométrica
1950 - São Paulo SP - Faz estágio em estúdios de artes e em gráficas
1953 - São Paulo SP - Realiza as primeiras obras concretas
1954 - São Paulo SP - Funda com Hércules Barsotti (1914) o Estúdio de Projetos Gráficos, no qual trabalha até 1964
1954/1957 - Participa do movimento Ars Nova, dirigido por Diogo Pacheco (1925), como "barítono", realizando "partituras de oralização" para poemas concreto-visuais apresentados no Teatro Brasileiro de Comédia - TBC
1955/1956 - São Paulo SP - Co-fundador e diretor de arte da revista Teatro Brasileiro
1956 - São Paulo SP - Realiza cenários, figurinos e peças para o Teatro de Arena e o Teatro Cultura Artística
1957 - São Paulo SP - Conselheiro técnico da revista Vértice
1957 - São Paulo SP - Prêmio da Associação Paulista de Críticos Teatrais - APCT
1958 - Itália, Suíça, França, Portugal e Espanha - Viaja por esses países e estabelece contato com artistas, críticos de arte, projetistas gráficos e industriais
1959 - Rio de Janeiro RJ - Une-se ao Grupo Neoconcreto
1959 - São Paulo SP - Participa como membro do júri da comissão organizadora do Salão Paulista de Arte Moderna
1961/1962 - São Paulo SP - Membro do conselho artístico da Galeria de Artes das Folhas
1963 - Paris (França) - Membro da Association Internationale des Arts Plastiques da Unesco
1963 - São Paulo SP - Co-fundador e membro da Associação Brasileira de Desenho Industrial - ABDI
1963 - São Paulo SP - Membro do júri do Prêmio Ampulheta
1963/1965 - São Paulo SP - Co-fundador e participante do Grupo Novas Tendências
1965/1967 - São Paulo SP - Projeta estampas para tecidos para produção industrial
1966/1967 - São Paulo SP - Eleito conselheiro da comissão nacional da Association Internationale des Arts Plastiques
1983 - São Paulo SP - Inicia a construção dos Pluriobjetos, dando continuidade à pesquisa em construções e objetos tridimensionais
1995 - São Paulo SP - É lançado o vídeo Willys de Castro, com direção de Mara Mourão, pelo Sylvio Nery da Fonseca Escritório de Arte
2001 - São Paulo SP - É inaugurada a Sala Willys de Castro na Pinacoteca do Estado, com 43 obras do artista, entre desenhos, gravuras e pinturas.
EM 1959, Willys de Castro (1926-1988) iniciou os Objetos ativos. Esses trabalhos resumem as descobertas realizadas desde que colocara em questionamento os pressupostos do Concretismo, passando a freqüentar o ambiente de vanguarda do Rio de Janeiro. Ciceroneado por Ferreira Gullar, o artista entrou em contato com os agentes neoconcretos, tomando conhecimento da obra de Lygia Clark, o que lhe causou profundo impacto. Esse período foi bastante fecundo, pois antigas concepções foram abandonadas em proveito de uma maior liberdade de experimentação. Se a série Soma entre planos criou várias possibilidades de pesquisa, os novos objetos sinalizam um momento de síntese, evidenciando a compreensão que fazia da arte do seu tempo – compreensão essa que, indo além do abstracionismo, incluía a pintura e a escultura em suas características essenciais.
Objeto ativo de 1959 é o primeiro trabalho da série. Ele foi exposto durante a II Exposição Neoconcreta realizada no Ministério da Educação, Rio de Janeiro, em novembro de 1960. O objeto tem a forma de um retângulo perfeito que apresenta a superfície frontal pintada em amarelo. Mas a declaração do formato não disfarça o preciosismo técnico: Willys de Castro pintou com tinta a óleo uma tela desemoldurada, para, depois, colá-la sobre um chassi de madeira. Apesar da espessura reduzida desse chassi, sua presença física mostrar-se-á fundamental. Por ora, ressaltamos que Objeto ativo de 1959 parece funcionar como uma pintura monocromática. A disposição horizontal e a ausência de centro fazem que o olhar vasculhe a superfície procurando ancorar o ato perceptivo. Trata-se de um esforço inútil: a observação repetida só encontra justificativa em elementos que delimitam o campo pictórico e cuja existência reitera a vacuidade dessas tentativasFonte: Itaú Cultural