ERNST LUBITSCH - CINEASTA ALEMÃO

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ERNST LUBITSCH
Ernst Lubitsch é provavelmente mais conhecido por suas comédias feitas em Hollywood, mas já em 1922, ele era um importante nome do cinema alemão. Filho de um próspero alfaiate de Berlim, Lubitsch começou a atuar em peças de sua escola, que abandonou aos 16 anos. Para satisfazer seu desejo de atuar e a vontade de seu pai, que queria que ele assumisse os negócios de sua família, ele começou a levar uma vida dupla, trabalhando como contador na loja de seu pai durante o dia e se apresentando em cabarés à noite. Em 1911 ele iniciou sua carreira como ator na companhia teatral de Max Reinhardt. Um ano mais tarde, já participava de curtas, primeiro como escritor e depois como diretor. Eram predominantemente comédias étnicas em que ele interpretava um judeu chamado Meyer. Poucos destes filmes foram conservados. Seu maior sucesso em sua carreira alemã veio com "Princesa das Ostras", de 1919, uma comédia que satirizava os costumes americanos. Ele dirigiu aproximadamente 18 filmes em seus últimos cinco anos na Alemanha, divididos em comédias e dramas de época. Lubitsch foi para os Estados Unidos em 1922, a pedido da atriz Mary Pickford, para dirigi-la em "Rosita" (1923). O filme não foi bem sucedido para os padrões de Pickford, que era a atriz mais conhecida da época, mas chamou a atenção dos críticos para o talento de Lubitsch. O surgimento do cinema falado só beneficiou a Lubitsch, que estabeleceu uma sólida carreira em Hollywood, tornando-se o mestre das comédias sofisticadas, com diálogos inteligentes, roteiros ágeis e personagens astutos, naquilo que os críticos viriam a chamar de "Toque de Lubitsch". Lubitsch era o mestre da sutileza, freqüentemente sugerindo ao invés de mostrar. Esta habilidade se tornou uma necessidade em 1934 quando produtores de Hollywood adotaram uma versão revisada do Código de Produção - uma forma de auto-censura que tornou quase impossível dizer ou mostrar qualquer coisa de natureza sexual.

Lubitsch foi quem melhor driblou a censura estrita da época. Aliás, é como se ela não existisse: as soluções são tão inventivas que pode-se imaginar o que se perderia caso não existisse a censura e, com isso, a necessidade de burlá-la.

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