Júlio Afrânio Peixoto nasceu em Lençóis BA em 17 de dezembro de 1876.
Formou-se em medicina em Salvador aos 21 anos. Em 1900 iniciou a
carreira literária com a publicação de Rosa mística, prosa de inspiração
simbolista. No ano seguinte foi nomeado professor de medicina legal da
Faculdade de Medicina da Bahia. Em 1903 mudou-se para o Rio de Janeiro e
logo passou a lecionar na Faculdade de Medicina. Em 1910 foi eleito
para a Academia Brasileira de Letras e, no ano seguinte, publicou A
esfinge, romance de muito sucesso que o consagrou como ficcionista.
Seguiram-se outros romances: Maria Bonita (1914), Fruta do mato (1920) e
Bugrinha (1922).
Alvo de críticas demolidoras movidas pelos modernistas após 1922, Afrânio Peixoto construiu uma obra de incontestável importância na ficção realista-impressionista do início do século XX.
Com uma produção literária que se divide entre o regionalismo das fazendas do interior e o ambiente cosmopolita das grandes cidades, Afrânio Peixoto tornou-se, em 1923, presidente da Academia Brasileira de Letras. Nos quatro anos seguintes, foi deputado federal pela Bahia. Publicou também As razões do coração (1925), Uma mulher como as outras (1928) e Sinhazinha (1929). Afrânio Peixoto morreu no Rio de Janeiro em 12 de janeiro de 1947.