Alcibíades
Alcibíades nasceu em Atenas por volta de 450 a.C. Dotado de grande
beleza e talento, era parente próximo de Péricles e admirador de
Sócrates. Apoiou a ruptura da paz com Esparta, o que levou à esmagadora
derrota dos atenienses em Mantinéia. Ao comandar a malfadada expedição à
Sicília, foi acusado de sacrilégio (mutilação das hermas nas ruas de
Atenas e afronta aos mistérios de Elêusis) e condenado à morte. Desertou
para Esparta e ofereceu seus serviços ao rei, mas poucos meses depois
teve de fugir, porque seduzira a rainha. Refugiou-se na Pérsia e ali
conspirou para a retirada da ajuda aos espartanos. No comando da frota
ateniense, obteve vitórias que garantiram seu retorno triunfal à cidade
em 407. As derrotas subseqüentes, porém, levaram a sua destituição e ao
exílio, inicialmente na Trácia e depois na Pérsia.
Político ateniense, Alcibíades não tinha escrúpulos em sua ambição de poder, mesmo com o sacrifício dos interesses de sua cidade, o que resultou na derrota final na guerra do Peloponeso.
Alcibíades é citado em As rãs, comédia de Aristófanes, e figura em dois diálogos de Platão: Alcibíades ou Sobre a natureza do homem e O banquete. Foi assassinado na Frígia em 404 por ordem do sátrapa persa Farnabazo, instigado pelos espartanos, e sua morte coincidiu com a derrota final de Atenas, que pôs fim à guerra do Peloponeso.