ALBERTO MORAVIA - FICCIONISTA ITALIANO

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Alberto Moravia
Alberto Pincherle, que se tornaria conhecido pelo pseudônimo de Alberto Moravia, nasceu em Roma em 28 de novembro de 1907. Dois anos de internação num sanatório de tratamento da tuberculose obrigaram-no a interromper os estudos. Cedo começou a colaborar em jornais e em 1929 publicou Gli indifferenti (Os indiferentes), romance de um neo-realismo pioneiro, em que estigmatizava a corrupção da classe média.

Capaz de sintetizar em sua ficção alguns dos maiores problemas psicológicos e sociais da vida moderna, Alberto Moravia foi também um dos escritores que mais lutaram por um estreito compromisso entre a literatura e a militância política.

O sexo, a solidão e as frustrações existenciais foram temas constantes nos romances de Moravia, entre os quais sobressai La Romana (1947; A Romana), cuja protagonista, uma prostituta conhecida apenas pelo nome que dá título ao livro, encarna os vícios e vicissitudes dos moradores da capital italiana. Em Racconti romani (1954; Contos romanos), Moravia voltou-se para embaraçosas situações vividas por personagens das camadas mais pobres da população.

São também significativos, sobretudo pela acuidade psicossocial, Le ambizioni sbagliate (1935; As ambições frustradas), La disubbidienza (1948; A desobediência), L'amore coniugale (1949), Il conformista (1951), drama psicológico que se transforma em libelo contra o fascismo, Il disprezzo (1954; O desprezo), La ciociara (1957; A camponesa) e La noia (1960; O tédio). Prevalece, em todos, a denúncia da precariedade das relações humanas, em que nem o amor nem o sexo garantem a comunicação.

Perseguido pelo fascismo, Moravia se tornou mais atuante e exerceu a militância política ao findar a segunda guerra mundial, enquanto sua celebridade crescia no exterior com a adaptação de várias de suas obras para o cinema. Em 1963 expôs suas idéias sobre literatura nos ensaios de L'uomo come fine (O homem como meta). Foi casado com a escritora Elza Morante, que morreu em 1985. Seu prestígio confirmou-se em 1984, quando foi eleito deputado, pelo Partido Comunista, para o Parlamento Europeu. Moravia morreu em Roma, em 26 de setembro de 1990.

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