ALBRECHT DÜRER - PINTOR E GRAVADOR ALEMÃO

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Albrecht Dürer
Albrecht Dürer nasceu em Nuremberg, em 21 de maio de 1471. Filho de um ourives célebre, aprendeu desenho com o pai e mostrou surpreendente precocidade no "Auto-retrato" que executou aos 13 anos. Por indicação do pai, entrou em 1486 para o ateliê de Michel Wohlgemuth a fim de aprender pintura e gravura em madeira. Seu primeiro quadro conhecido, um retrato de seu pai, data desse período.

Figura principal da arte alemã do século XVI, o pintor e gravador Dürer criou uma obra em que conjuga o estilo clássico renascentista, que conheceu na Itália, ao gótico germânico.

Na primeira das quatro viagens que faria, por volta de 1490, Dürer visitou os Países Baixos e depois a Alsácia, onde conheceu a obra do gravador alemão Martin Schongauer, morto havia pouco, cujo traço firme e preciso teve influência determinante em sua obra posterior. Radicou-se então em Basiléia, na Suíça, e ali executou a primeira xilogravura que sem sombra de dúvida pode ser-lhe atribuída, intitulada "São Jerônimo curando o leão". Possivelmente na mesma época pintou o famoso "Auto-retrato com flor de cardo".

De volta a Nuremberg, casou-se em 1494 e pouco depois empreendeu viagem para Veneza, a fim de estudar a arte renascentista italiana, com a qual havia tido contato no ateliê de Wohlgemuth. Conheceu então as obras de Antonio Pollaiuolo, Andrea Mantegna e Leonardo da Vinci e passou a interessar-se pelo ideal de beleza clássico, os nus e a perspectiva.

Retratos de importantes personalidades alemãs, como o de Frederico o Sábio, eleitor da Saxônia, conservado no Museu do Prado (Madri), e "A adoração dos magos" (Uffizi, Florença) revelam a enorme influência que a composição espacial, a luz e o colorido da pintura italiana exerceram sobre Dürer. De 1498 são as 15 gravuras em madeira, "O Apocalipse". Da mesma época são as gravuras da paixão de Cristo, ditas "A grande Paixão", só editadas em 1511, quando apareceu também "A pequena Paixão", série de 37 gravuras. Essas séries mostram a mesma influência, embora persistam nelas a imaginação e a força expressiva gótica próprias da arte alemã.

Em 1505, já famoso como gravador, viajou novamente a Veneza e pintou alguns de seus melhores quadros religiosos: "Jesus entre os doutores" e "Festa do rosário". Seu estilo tornou-se mais rico e o ideal clássico renascentista mostrou-se totalmente assimilado, como se verifica em "Adão e Eva", um dos primeiros nus da pintura alemã. Desses anos são também suas melhores gravuras, entre as quais se destacam "O cavaleiro, a morte e o diabo", "São Jerônimo em sua cela" e "Melancolia", realizados entre 1513 e 1514 e já muito associados à estética renascentista.

Entre 1512 e 1519, Dürer esteve a serviço do imperador Maximiliano I, de quem fez retratos e desenhos. Sua última viagem, realizada em 1520 aos Países Baixos, deu-lhe a oportunidade de conhecer o novo imperador Carlos V e estudar as principais obras da pintura flamenga.

Dürer passou seus últimos anos em Nuremberg, dividindo o tempo entre o trabalho artístico e o teórico. Pintou outros retratos e sua obra mais conhecida, "Os quatro apóstolos", que ilustra bem a fusão dos estilos germânico e italiano. Começou a redigir um tratado de pintura, do qual só completou a parte referente à anatomia humana, publicado postumamente sob o título Vier Bücher von menschlicher Proportion (Quatro livros sobre as proporções do corpo humano). Escreveu também duas obras sobre geometria e arquitetura. Albrecht Dürer morreu na cidade natal, em 6 de abril de 1528.

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