Alexander Calder
Alexander Stirling Calder nasceu em Lawnton, Pensilvânia, em 22 de julho
de 1898. Formou-se em engenharia mecânica em 1919, estudou desenho numa
escola pública noturna e cursou a Liga de Estudantes de Arte em Nova
York. Em 1926 fixou-se em Paris, onde estudou escultura e começou a
criar pequenas figuras animadas de acrobatas e bailarinas, em arame ou
madeira, que se moviam na pista de um circo em miniatura. O que era
passatempo, transformou-se anos mais tarde num novo meio expressivo: a
"arte cinética", onde o principal era o movimento.
Com suas originais construções suspensas no espaço e movidas por diversos meios, o americano Alexander Calder dotou a escultura de movimento e versatilidade e rompeu o conceito tradicional que a via como obra estática e acabada.
Em Paris, ao entrar em contato com artistas como o Mondrian e o Jean Arp, começou a assimilar os novos princípios do abstracionismo e da arte geométrica. Também sofreu influência do surrealista Joan Miró e dos russos Naum Gabo e Anton Pevsner, teóricos do construtivismo, cuja concepção da arte como expressão no tempo e no espaço incentivou Calder a construir seus famosos móbiles, conforme os denominou Marcel Duchamp. Os móbiles eram esculturas em geral nas cores vermelho, branco e preto, feitas com arames, placas e discos metálicos movidos pelo vento ou por um pequeno motor elétrico. Calder logo deu preferência à técnica dos móbiles agitados ao mais leve sopro de ar, que assumiam formas imprevistas.
A exposição de seus móbiles na galeria Vignon, em Paris (1932), proporcionou a Calder grande sucesso, que se repetiu no ano seguinte com a exposição de seus stabiles -- sólidas esculturas fixas -- termo inventado por Arp. Monumentais e pesadas, quase sempre na cor preta, a imobilidade dessas esculturas contrastava com a continuidade e o lirismo das primeiras obras.
Em 1934, Calder construiu sua famosa escultura móvel, de grandes proporções intitulada "Peixe de aço". Três anos depois, expôs "Fonte de Mercúrio", no célebre pavilhão espanhol da Exposição Universal de Paris. Desde então, sua popularidade não parou de crescer, graças às inúmeras exposições que realizou na Europa e nas Américas. Consagrou-se definitivamente em 1952, quando obteve o prêmio internacional de escultura na Bienal de Veneza. Até sua morte, ocorrida em 11 de novembro de 1976 em Nova York, Calder continuou trabalhando em seus ateliês de Roxbury, nos Estados Unidos, e de Saché, na França.