ALI - PRIMO E GENRO DE MAOMÉ

Ali
O califado de Ali, primo e genro de Maomé, foi motivo de grave ruptura na comunidade islâmica. Desde então os xiitas, em oposição aos sunitas, consideram Ali o único sucessor legítimo do profeta.

Ali ibn Abi Talib nasceu por volta do ano 600 em Meca. Aos 23 anos casou-se com Fátima, filha de Maomé, com quem colaborou ativamente. Ao morrer o profeta (632), Ali tornou-se conselheiro dos califas Abu Bakr (633-634) e Omar ou Umar (634-644), mas fez oposição ao terceiro califa, Otman ou Osman (644-656), acusando-o de não cumprir as normas canônicas.

Quando, em 656, um grupo de egípcios assassinou Otman, Ali foi nomeado califa por seus seguidores. Isso motivou o descontentamento de seus antigos aliados Talha e al-Zubayr, que, juntamente com Aisha, viúva do profeta, rebelaram-se contra ele. Na batalha do camelo (656), assim chamada em alusão ao camelo que Aisha montava, Ali exterminou seus adversários, assegurando o domínio sobre o território que posteriormente viria a constituir o Iraque. Depois investiu contra Muawiya, governador da Síria, que se negava a reconhecer Ali como califa enquanto este não lhe entregasse os assassinos de Otman. Na batalha de Sifin (657), os partidários de Ali pressionaram-no para que negociasse com Muawiya. Tal fato provocou a separação de um grupo de seguidores de Ali que se opunham ao recuo e que, sob a denominação de "khawarij" (dissidentes), constituíram a primeira seita do Islã. A partir de então, Ali teve que enfrentar dois inimigos. Em Nahrawan, combateu sem êxito os "khawarij", enquanto Muawiya ganhava terreno no Egito e em Hejaz. Em janeiro de 661, Ali foi assassinado em Kufa por um membro da seita.

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