Ana da Inglaterra
Ana da Inglaterra nasceu em 6 de fevereiro de 1665, em Londres, filha de
Jaime II e Ana Hyde. Embora o pai fosse católico, ela foi criada como
protestante, por insistência do tio, o rei Carlos II. Casou-se em 1683
com o príncipe Jorge da Dinamarca, mas fato de maior conseqüência
política foi sua estreita ligação com Sarah Jennings Churchill, esposa
de John Churchill, depois duque de Marlborough.
O reinado de Ana da Inglaterra, última monarca da dinastia Stuart, caracterizou-se pela rivalidade entre whigs e tories, intensificada pela incerteza quanto à sua sucessão.
Foi Sarah quem a persuadiu a aliar-se ao protestante Guilherme III de Orange, quando este derrubou Jaime II em 1688 (a "revolução gloriosa"). Guilherme e sua esposa, Maria, irmã de Ana, se tornaram monarcas, e Ana ganhou o direito à sucessão. Embora engravidasse 18 vezes, só um filho sobreviveu à primeira infância, mas morreu em 1700. Por isso, Ana aquiesceu a uma lei de 1701, que designou como seus sucessores os descendentes hanoverianos do rei Jaime I da Inglaterra.
Ana subiu ao trono em 1702, com a morte de Guilherme III. As limitações intelectuais e crônicas enfermidades a fizeram dependente de ministros tories, que dirigiam os esforços britânicos contra a França e a Espanha na guerra da sucessão espanhola (1701-1714). Cresceu a animosidade entre whigs e tories, ao mesmo tempo que a duquesa de Marlborough perdia o favor da rainha, que se ligou então a Abigail Masham, instrumento do líder dos tories, Robert Harley.
A morte súbita da rainha Ana, em 1o de agosto de 1714, em Londres, frustrou planos dos tories para entregar o trono a seu irmão Jaime, católico, chamado "Old Pretender", e a coroa passou ao príncipe de Hanover, Jorge Luís, mais tarde rei Jorge I.