ANHANGÜERA (BARTOLOMEU BUENO DA SILVA) - BANDEIRANTE BRASILEIRO

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Anhangüera
Bartolomeu Bueno da Silva nasceu em Parnaíba (SP), em 1672. Herdou do pai o nome e também o apelido, Anhangüera. Em episódio dado como verídico por alguns historiadores, Bartolomeu Bueno (pai) ateou fogo a um pouco de aguardente a fim de amedrontar os índios e obrigá-los a revelar o local de uma jazida. Ganhou assim o cognome de Anhangüera, que significa diabo velho. Com 12 anos, Bartolomeu Bueno acompanhou o pai  numa expedição ao território goiano, ocasião em que surgiram lendas sobre supostas minas localizadas na serra dos Martírios.

Um monumento que se tornou conhecido como "a cruz do Anhangüera" foi erguido na antiga capital de Goiás pelo bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva. O símbolo da conquista do sertão goiano perpetua, desde 1722, a memória dos primeiros tempos da colonização do território central do Brasil.

Atraído pelo ouro descoberto em Minas Gerais, o segundo Anhangüera estabeleceu-se em Sabará e mais tarde em São João do Pará e Pitangui, onde foi nomeado assistente do distrito. Os repetidos conflitos entre emboabas e mineradores paulistas, somados ao levante encabeçado por seu genro Domingos Rodrigues de Prado, levaram Bartolomeu Bueno de volta a Parnaíba.

Em 1720 dirigiu uma representação a D. João V, pedindo licença para retornar a Goiás. Uma bandeira sob seu comando partiu de São Paulo em 1722 e durante quase três anos explorou os sertões goianos em busca da lendária serra dos Martírios. Finalmente encontrou ouro no rio Vermelho, razão pela qual voltou à região em 1726, já na qualidade de capitão-mor das minas. Ali fundou o arraial de Santana, elevado em 1739 à categoria de vila com o nome de Vila Boa de Goiás, atualmente cidade de Goiás, mais conhecida como Goiás Velho. D. João V concedeu sesmarias a Bartolomeu Bueno, além do direito de cobrar passagem nos rios que conduziam às minas goianas. Esse direito foi suspenso em 1733 sob o pretexto de que Anhangüera sonegava tributos devidos à coroa.

À medida que se organizava a administração estatal em Goiás, a autoridade do bandeirante ia  progressivamente sendo limitada pelos delegados do rei. A persistência das lutas internas e as suspeitas de contrabando levaram ao estabelecimento de uma ouvidoria e à criação da capitania de Goiás. Bartolomeu Bueno morreu pobre e destituído de poder na vila de Goiás, em 19 de setembro de 1740.

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