
Voltado para temas do submundo e ligado à corrente de ficção urbana que deu obras como as de Lima Barreto, Antônio de Alcântara Machado e Marques Rebelo, João Antônio consagrou-se como contista desde seu primeiro livro, Malagueta, Perus e Bacanaço (1963).
Encarando a criação literária por um prisma análogo ao dos mestres modernistas, procurou aproximar o idioma escrito do falado e incorporou a seus textos muitos termos de gíria, ditos e expressões populares. Detentor de vários prêmios e traduzido em muitas línguas, manteve a reputação da estréia com os contos incluídos em volumes como Leão de chácara (1975), Malhação do Judas carioca (1975), Dedo-duro (1982) e Abraçado ao meu rancor (1986). João Antônio publicou também o ensaio Calvário e porres do pingente Afonso Henriques de Lima Barreto (1977) e a biografia Noel Rosa, poeta do povo (1982). Morreu no Rio de Janeiro RJ, em 9 de outubro de 1996.