Murilo Araújo nasceu em Serro Frio (MG) em 26 de outubro de 1894. Mudou-se
em 1907 para o Rio de Janeiro e ingressou como interno no Colégio Pedro
II, onde mais tarde seria professor de desenho. Embora se formasse em
direito (1921), pouco exerceu a profissão, dedicando-se ao jornalismo.
Poeta da última geração simbolista, Murilo Araújo participou do grupo de escritores "espiritualistas" que se constituiu no Rio de Janeiro em torno da revista Festa (1927-1928 e 1934-1935).
Sua estréia literária se deu com Carrilhões, a que se seguiu A galera (1917). Em 1924, na presença de Graça Aranha, pronunciou polêmica conferência, "Modernismo e aranhismo", na qual se disse favorável ao modernismo, mas expôs divergências com o movimento. Após aproximar-se da linguagem modernista, em A iluminação da vida (1927) e As sete cores do céu (1933), retornou aos moldes simbolistas no livro de versos para crianças A estrela azul (1940) e, sobretudo, em A escadaria acesa (1941). Escreveu também uma biografia de Catulo da Paixão Cearense, Ontem, ao luar (1951).
Seus Poemas completos datam de 1960. Muitos foram musicados por compositores como Villa-Lobos, Heckel Tavares e José Siqueira. Em 1971 o poeta ganhou o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra.
Murilo Araújo morreu no Rio de Janeiro RJ em 1o de agosto de 1980.