Nelson Mandela


Ativista e político sul-africano (18/7/1918-). Nascido em Umtata, filho de família nobre, funda em 1944 a Liga da Juventude do Congresso Nacional Africano (CNA), grupo de direitos civis que luta contra o regime autoritário branco da África do Sul. Em 1952, lidera a campanha de desobediência civil às leis racistas do apartheid, o regime oficial de segregação racial. Em 1956, é preso por cinco anos, sem processo. Em 1960, uma manifestação de 20 mil negros é reprimida pelo Exército, que mata 67 pessoas e fere 186. O confronto fica conhecido como massacre de Sharpeville. O CNA é declarado ilegal e responde à decisão abandonando a política de não-violência. Mandela, que organiza a facção armada Lança da Nação, é preso em 1962 e condenado a cinco anos de cadeia, pena ampliada para prisão perpétua em 1964. Libertado em 1990, assume a liderança do CNA, recém-reconduzido à legalidade pelo presidente Frederick de Klerk. Com ele, Mandela negocia uma nova Constituição, em que o apartheid é eliminado. Divide o Prêmio Nobel da Paz de 1993 com de Klerk. Eleito no ano seguinte o primeiro presidente negro do país, consegue controlar a inflação e o déficit público, mas enfrenta altos índices de desemprego e de criminalidade. Ainda assim, faz seu sucessor, o ex-vice Thabo Mbeki, nas eleições de 1999. Em 1998 casa-se com Graça Machel, viúva do ex-presidente moçambicano Samora Machel, após se divorciar de sua segunda mulher, Winnie Mandela. Em julho e agosto de 2001, é submetido a sessões de radioterapia por causa de um câncer de próstata, que, segundo seus médicos, não representa risco de vida. Em 2002, desenhos de sua autoria retratando os anos de prisão são expostos em Londres. A renda da mostra é revertida para projetos da fundação Nelson Mandela Children's Fund. Com seu país exibindo uma das mais altas taxas de incidência de aids no mundo, Mandela passa a liderar campanhas para levantar fundos para o tratamento e prevenção da doença.



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